Padres portugueses querem revalidar título europeu de futsal na Clerigus Cup

| Desporto
Porto Canal com Lusa

Bruxelas, 12 fev 2020 (Lusa) - O presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, foi hoje eleito por aclamação primeiro vice-presidente do Comité das Regiões, num acordo entre as famílias políticas europeias que o levará a presidir à entidade no futuro.

"Eu venho de uma região com nove ilhas. Com 245 mil habitantes. E é por isso que hoje este voto por aclamação diz muito mais deste comité, e da forma como os membros deste comité encaram uma Europa de todos, do que dos meus méritos e daquilo que aqui trago. Muito obrigado pela vossa confiança", disse o governante, em Bruxelas, depois da sua eleição.

Na terça-feira, os grupos com assento no Comité das Regiões haviam chegado a acordo para o novo mandato, cabendo os dois anos e meio iniciais de presidência ao grego Apostolos Tzitzikostas (PPE) e a segunda metade a Vasco Cordeiro (PSE), que até lá será o primeiro vice-presidente da entidade.

Hoje, na intervenção em que apresentou a sua candidatura, Vasco Cordeiro sinalizou as "grandes oportunidades" que a União Europeia tem pela frente, acrescentando que, nesse desígnio, "todas as regiões e cidades interessam".

"Estamos a iniciar um novo mandato. E é por isso que subo a esta tribuna não apenas em nome da minha região, os Açores, mas também em nome do futuro. Subo a esta tribuna em nome da Europa, subo a esta tribuna em nome do futuro da Europa", disse.

Numa intervenção em que cruzou três línguas - português, inglês e francês -, o governante açoriano prometeu aos presentes que irá ter uma "escuta atenta" e "toda a dedicação" no "trabalhar com todos", desde logo com o presidente do Comité das Regiões, mas também com os membros de "todas as famílias políticas" representadas.

O comité, criado em 1994 na sequência da assinatura do Tratado de Maastricht, é a assembleia da União Europeia dos representantes regionais e locais dos 27 Estados-membros.

A Comissão Europeia, o Conselho Europeu e o Parlamento Europeu têm de consultar o Comité das Regiões quando elaboram textos legislativos sobre matérias em que as autoridades regionais e locais têm uma palavra a dizer.

Em causa estão áreas como o emprego, política social, coesão económica, transportes, energia ou mudanças climáticas.

PPF // ROC

Lusa/Fim

Redação, 12 fev 2020 (Lusa) -- Após quatro títulos consecutivos, de um total de cinco, a seleção portuguesa de padres é o 'alvo a abater' no campeonato europeu de futsal, mas garante estar preparada para lutar pela conquista de mais um troféu.

A prova, denominada como Clerigus Cup, realiza-se entre 17 e 21 de fevereiro na República Checa e junta um total de 19 seleções. No grupo de Portugal estão, além da seleção anfitriã, a Hungria, Itália e Cazaquistão.

Os padres portugueses dominaram as quatro últimas edições e, por isso, são agora o 'alvo a abater' para as outras seleções, numa competição que tem aumentado de nível de ano para ano, com Portugal a destacar-se.

"Nas primeiras participações chegávamos ao quarto lugar e ficávamos por ali. Em 2012 ganhámos e, ultimamente, temos ganho. Naturalmente tornámo-nos para as outras equipas um alvo a abater. As outras seleções olham para nós não com rivalidade, mas percebem que já não somos tão simpáticos", contou à agência Lusa o capitão de equipa, Marco Gil.

Integrando a seleção desde a sua formação, o pároco da diocese de Braga garante que a equipa se preparou com o "espírito para revalidar o título novamente".

O segredo para o sucesso nos últimos anos passou pela vontade em "querer mais" após as participações sem resultados e em ter treinadores de futsal junto da equipa, primeiro com José Vasconcelos e atualmente com Ricardo Costa.

Para o pároco de 43 anos, conhecido entre os pares como o 'Cristiano Ronaldo da seleção da igreja', esta atividade ajuda também na transmissão da mensagem junto dos mais novos.

"Naturalmente há uma mensagem que é passada", referiu, explicando que o objetivo é que entendam que "fora da sua vocação [o sacerdote], não deixa de ser homem".

A equipa nacional junta 16 jogadores, padres em diversas dioceses do país, como Braga, Vila Real, Viana do Castelo, Porto e Lamego.

Diogo Martinho (Lamego) e Fernando Torres (Braga) são as novidades da convocatória para a edição de 2020.

Outra das novidades é o apoio da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), com a oferta de equipamentos que levam os padres portugueses a carregarem o símbolo das quinas ao peito.

"É um motivo de orgulho. Antes de todos os jogos tocam os hinos e é sempre um momento especial para nós, mas agora ainda será mais, pois temos os equipamentos que usam outras seleções da FPF", explicou Ivo Coelho.

O padre da diocese de Vila Real, na seleção desde 2010, destacou ainda a "experiência fantástica" que se vive ao conviver com outras seleções.

"Todos os dias há missa antes dos jogos e celebramos juntamente com as restantes igrejas e é incrível a partilha de experiências entre as comitivas", confessou.

Mas para o pároco de 36 anos, dentro de campo o objetivo é claro, e a ambição é "voltar a conquistar a taça de campeão".

A orientar a equipa pelo segundo ano consecutivo, Ricardo Costa, é um 'selecionador feliz' com as 'peças' que tem à disposição para a competição.

A postura competitiva e a metodologia de trabalho dos padres portugueses merece os elogios do treinador que considera a equipa "mais forte" para esta competição.

"Recrutamos alguns padres que vêm dar dinamismo à equipa. A média de idades é baixa e são jogadores cheios de força e de vontade para praticar a modalidade", assinala Ricardo Costa, que é também treinador do Cabeçudense, equipa de Famalicão que disputa o interdistrital de futsal sénior masculino de Braga e Viana do Castelo.

De resto, o nível de toda a competição deixa surpreendido o selecionador, que vê equipas que além da qualidade individual, mostram também um "trabalho nas bolas paradas e modelo de jogo".  

Apesar das dificuldades esperadas, Ricardo Costa garante que a equipa está "preparada e focada" para lutar pela revalidação do título.

O último jogo de preparação foi no domingo, na partida de apresentação da seleção portuguesa de padres, que decorreu em Montalegre, no distrito de Vila Real. Foi um encontro amigável com vitória para os párocos por 8-1 frente a uma equipa do município e bombeiros locais.

 

DYMC // SB

Lusa/Fim

+ notícias: Desporto

FC Porto e Sérgio Conceição prolongam contrato

O FC Porto e Sérgio Conceição acordaram prolongar o contrato que os liga desde 2017. Ao serviço dos Dragões e na condição de treinador, o antigo extremo já venceu três edições da Liga portuguesa, três Taças de Portugal, uma Taça da Liga e três Supertaças.

FC Porto: Feriado de trabalho a pensar no clássico

O FC Porto voltou a trabalhar nesta quinta-feira no Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, no Olival, onde continua a preparar o jogo com o Sporting (domingo, 20h30, Sport TV), no Estádio do Dragão, a contar para a 31.ª jornada do campeonato.

O campeão da liberdade. 25 de abril de 74 também é um marco na história do FC Porto

No dia em que passa meio século sobre a revolução que conduziu Portugal à democracia depois de 48 anos de ditadura, o FC Porto pode orgulhar-se de ser o clube nacional com melhor palmarés. Além de ser, em termos absolutos, um dos dois com mais troféus oficiais de futebol - tem 84, tantos como o Benfica -, distingue-se por ter vencido sete competições internacionais - as sete conquistadas em democracia -, enquanto os restantes clubes portugueses juntos somam apenas três - as três alcançadas durante o Estado Novo. Se se olhar em paralelo para a história dos maiores clubes portugueses e para a evolução dos regimes políticos no país durante o século XX, a conclusão é óbvia e irrefutável: a ditadura foi o período dourado do sucesso desportivo dos clubes de Lisboa, enquanto os 50 anos que se seguiram ao 25 de abril são dominados pelo azul e branco.