Vírus: Tailândia proíbe desembarque de cruzeiro com cerca de 2.000 pessoas a bordo

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Porto Canal com Lusa

Banguecoque, 11 fev 2020 (Lusa) - As autoridades tailandesas disseram hoje que não vão permitir o desembarque de um navio de cruzeiro com cerca de 2.000 pessoas a bordo devido ao risco de que qualquer viajante seja portador do novo coronavírus.

"Eu já ordenei que o desembarque não fosse permitido", afirmou o ministro da Saúde da Tailândia, Anutin Charnvirakul.

Japão, Taiwan, Filipinas e Guam já tinham negado o navio de cruzeiro Westerdam, da companhia de navegação Holland America Line, de atracar nos seus territórios.

Cerca de 1.450 passageiros e 802 membros da tripulação partiram no dia 01 de fevereiro de Hong Kong e planeavam chegar no sábado à cidade japonesa de Yokohama, mas as autoridades nipónicas negaram a entrada, depois de uma pessoa a bordo ter apresentado sinais de estar infetada pelo novo coronavírus da China.

As autoridades de saúde tailandesas confirmaram até o momento 32 pessoas infetadas com o novo coronavírus no país, das quais pelo menos dez pacientes já receberam alta.

A epidemia provocada pelo coronavírus detetado em Wuhan causou já 1.018 mortos, dos quais 1.016 na China continental, onde se contabilizam mais de 42 mil infetados, segundo o balanço hoje divulgado.

Na segunda-feira, de acordo com os dados anunciados pela Comissão Nacional de Saúde da China, registaram-se no território continental chinês 108 mortes e foram detetados 2.478 novos casos de infeção, para um total de 42.638, em especial na província de Hubei (centro), onde perto de 60 milhões de pessoas permanecem em quarentena.

O balanço é superior ao da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, na sigla em inglês), que entre 2002 e 2003 causou a morte a 774 pessoas em todo o mundo, a maioria das quais na China, mas a taxa de mortalidade permanece inferior.

O novo vírus, que provocou um morto em Hong Kong e outro nas Filipinas, atinge também Macau e mais de duas dezenas de países, onde os casos de contágio superam os 350.

Na Europa, contam-se desde segunda-feira 43 infetados, com quatro novos casos detetados no Reino Unido, onde a propagação do vírus foi declarada uma "ameaça séria e iminente para a saúde pública".

A situação motivou a marcação de uma reunião de urgência de ministros da Saúde dos países da União Europeia para quinta-feira, em Bruxelas, enquanto a Organização Mundial de Saúde (OMS) enviou uma equipa de especialistas para a China para acompanhar a evolução.

MIM // JMC

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