Schulz sublinha papel de Elisa Ferreira em acordo sobre mecanismo de resolução
Porto Canal / Agências
Bruxelas, 20 mar (Lusa) - O presidente do Parlamento Europeu sublinhou o "papel chave" da eurodeputada portuguesa Elisa Ferreira no acordo alcançado entre as instituições da União Europeia sobre o mecanismo de resolução de bancos, elogiando o trabalho da relatora da assembleia.
Numa declaração à Agência Lusa, Martin Schulz comentou que Elisa Ferreira, responsável pela posição do Parlamento nas negociações com o Conselho (Estados-membros) sobre o mecanismo de resolução bancária, o segundo pilar da união bancária, "demonstrou uma enorme competência, liderança e capacidade de fazer avançar as negociações".
"O Parlamento Europeu teve uma excelente equipa de negociação e uma excelente relatora", disse o presidente da assembleia, que é também o candidato dos Socialistas Europeus ao cargo de presidente da Comissão Europeia, no quadro das eleições europeias de maio próximo.
Questionada pela Lusa sobre os elogios de Schulz, numa altura em que não é ainda conhecida a lista do PS às eleições europeias e se desconhece se vai ou não integrá-la, Elisa Ferreira não escondeu que gostaria de continuar a trabalhar nos "dossiers económicos" ao nível da União Europeia, mas sublinhou que as decisões cabem ao secretário-geral do PS, António José Seguro.
"Acho que o calendário de decisão, o critério cabe ao secretário-geral (do PS), naturalmente. Eu fico muito reconhecida por o presidente do Parlamento ter feito essa expressão pública. Mas as questões de partido cabem aos líderes de partidos, e sobre listas e candidaturas não me pergunte, é competência de quem, e muito bem, tem essas responsabilidades", disse.
Após longas negociações, e uma "maratona" que durou toda a madrugada, representantes do Parlamento e do Conselho chegaram hoje de manhã a um compromisso - que terá ainda que ser confirmado pelo plenário e pelos governos nacionais - sobre o mecanismo de liquidação dos bancos em dificuldades, que prevê que os custos passem a ser sustentados pelo próprio setor bancário, e não pelos contribuintes, como aconteceu durante a crise financeira.
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