Escola D. Pedro I em Gaia fecha três horas e meia mais cedo por falta de funcionários

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Porto Canal com Lusa

A Escola D. Pedro I, Vila Nova de Gaia, vai fechar a partir de quarta-feira às 15:00, cerca de três horas e meia mais cedo do que o habitual, por falta de funcionários, informou hoje a associação de pais.

Atualizado 06-02-2020 12:00

"A decisão foi tomada pela direção [da escola] e compreendemos. Atingiu-se um limite e, mais do que o transtorno que é causado aos pais, está em causa a segurança das crianças e a segurança é prioritária", disse à agência Lusa o presidente da associação de pais da escola, Carlos Gonçalves.

Em causa um equipamento escolar com cerca de 1.000 alunos do 5.º ao 9.º anos de escolaridade, localizado na freguesia de Canidelo, no concelho de Vila Nova de Gaia, distrito do Porto.

A D. Pedro I é a escola sede do Agrupamento de Escolas com o mesmo nome que, no total, soma nove equipamentos escolares.

Carlos Gonçalves descreveu, à Lusa, que a comunicação sobre o encerramento da escola foi feita pela direção de agrupamento com o envio de avisos aos pais através dos alunos, bem como através dos diretores de turma.

Na comunicação lê-se que, "por falta de assistentes operacionais, é impossível manter em funcionamento alguns serviços da escola e a vigilância dos recreios, ficando em causa a segurança dos alunos".

A escola fechará às 15:00, quando habitualmente fecha às 18:30.

"Na prática não há aulas de tarde. A escola estará aberta até às 15:00, para que os alunos ainda consigam almoçar antes de ir para casa", descreveu a associação de pais.

Já de acordo com o presidente da Federação das Associações de Pais do Concelho de Gaia (FEDAPAGAIA), José Cardoso, o número de "funcionários atribuído a esta escola é de 18, mas, em alguns dias estão 11 ao serviço e, em outros, 12, devido a baixas prolongadas".

Carlos Gonçalves e José Cardoso participaram esta tarde numa "reunião de emergência" com a direção de agrupamento e estão a preparar uma reunião com os pais para, conforme disseram à Lusa, "definir medidas a tomar".

"Temos acompanhado as comunicações da direção junto da DGEstE [Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares] e nós próprios também já fizemos comunicações e pedimos esclarecimentos, mas sem qualquer resposta. Vamos continuar a exigir celeridade na resolução deste problema", disse o presidente da associação de pais.

Também a Direcção da Organização Regional do Porto (DORP) do PCP alertou, em comunicado, para esta situação, acrescentando que os deputados comunistas "pedirão explicações ao Governo, solicitando que intervenha assegurando a rápida resolução do problema".

"Esta situação extrema, que só acontece por manifesta falta de alternativa, reflete o estado em que se encontram vários agrupamentos deste concelho. Um problema, infelizmente, registado também noutros concelhos", refere o comunicado do PCP.

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