Alentejo vendeu no ano passado mais 3,8% de vinhos em Portugal face a 2018

| Economia
Porto Canal com Lusa

Évora, 16 jan 2020 (Lusa) -- As vendas dos vinhos do Alentejo no mercado nacional, no ano passado, atingiram um volume de 88,2 milhões de litros, correspondente a 117,4 milhões de garrafas, num aumento de 3,8% face a 2018, foi hoje anunciado.

A Comissão Vitivinícola Regional Alentejana (CVRA) divulgou, em comunicado enviado à agência Lusa, que a região "colocou no mercado um volume correspondente a 117,4 milhões de garrafas de vinho certificado DOC Alentejo e Regional Alentejano", o que traduz "um aumento de 3,8% face a 2018".

"O volume total foi de 88,2 milhões de litros, entre vinho tinto, branco e rosé", acrescentou o organismo que certifica, controla e protege os vinhos com Denominação de Origem Controlada (DOC) Alentejo e Regional Alentejano.

Em declarações à agência Lusa, o presidente da CVRA, Francisco Mateus, destacou hoje que o "crescimento das vendas" no país "é um dado positivo", resultante "de uma produção mais alta em 2018".

"Nos três anos anteriores, tínhamos tido quebras de produção", mas, em 2018, "recuperámos e os vinhos de 2018 acabaram depois para servir para que o comércio em 2019 fosse mais alto", assinalou.

As vendas correspondentes a 117,4 milhões de garrafas, o que inclui "vinho engarrafado e vinho que vai também em 'bag in the box'", são um número "bastante bom" no mercado nacional, no qual os vinhos do Alentejo "já lideram a cota de mercado", frisou.

"Isto dá quase 10 garrafas para cada português. É um bom número" e "mostra que a região está a crescer, está dinâmica e que os vinhos estão a ser bem aceites pelos consumidores, que é o mais importante de tudo", argumentou Francisco Mateus.

Segundo a CVRA, as vendas incluíram 70% de vinhos da colheita 2018, 21% da colheita 2017, 5% da colheita 2016 e 4% de colheitas anteriores, com os meses de fevereiro, abril e maio a terem maior atividade comercializadora, com quantidades médias de 12,5 milhões de garrafas por mês.

"É interessante percebermos que o Alentejo não produz uma vindima e vende o vinho dessa vindima", afirmou o presidente da comissão vitivinícola, vincando que a região "tem 'stocks' de vinhos anteriores, de colheitas mais antigas", que também coloca no mercado.

O que significa "que os vinhos do Alentejo também têm capacidade para envelhecer, têm longevidade e essa longevidade está sempre associada a uma robustez do vinho e a um nível qualitativo mais elevado", realçou.

Estes vinhos que "ficam dois, três, quatro anos ou mais em casa dos produtores, em estágio", obedecendo a uma estratégia comercial que não passa só "por produzir vinho e vender", são um contributo para a região "ter notoriedade", porque também coloca no mercado "vinhos que estagiaram, que são reserva e que acabam por ter mais valor por garrafa", defendeu.

As vendas de vinho branco (21% do total) e rosé (2%) em 2019 foram as mais elevadas dos últimos cinco anos, o que, para o responsável da CVRA, "é uma evidência de que o Alentejo está a afirmar-se nestas categorias e a conseguir cativar os consumidores".

Ainda sem o balanço de 2019 fechado no que respeita às vendas em valor, o presidente da CVRA adiantou à Lusa, contudo, que os números "vão ser positivos e superiores aos de 2018".

Na vindima de 2018 foram produzidos 107 milhões de litros de vinho, enquanto, a do ano passado, cujo valor final não está apurado, deve rondar "os 96 a 97 milhões de litros", revelou.

"São menos 10 milhões de litros disponíveis para os produtores, vai ter um impacto nas vendas este ano. Voltarão a ter de recorrer aos seus 'stocks' para manter o mesmo volume de vendas e, como a colheita de 2019 se apresenta com excelente qualidade, nomeadamente nos tintos, vai haver apetência para reservar uma parte para estagiar e colocar no mercado mais tarde", disse Francisco Mateus.

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