Maior eficiência e rigor explicam menos exames nos convencionados - Sec. Estado
Porto Canal / Agências
Lisboa, 14 jun (Lusa) - O secretário de Estado Leal da Costa justificou hoje a quebra de análises clínicas nos convencionados, em 2012, com um aumento dos exames feitos no Serviço Nacional de Saúde e uma diminuição da prescrição de exames sem justificação clínica.
De acordo com o estudo sobre "Acesso, Concorrência e Qualidade no Sector Convencionado com o SNS: Análises Clínicas, Diálise, Medicina Física e Reabilitação e Radiologia", da Entidade Reguladora da Saúde, no ano passado os laboratórios fizeram menos 7,7 milhões de análises clínicas do que em 2010.
Para o Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, que falava aos jornalistas à margem da cerimónia de homenagem aos dadores de sangue, esta diminuição pode explicar-se por "dois fenómenos".
Por um lado, o fenómeno da internalização, ou seja, um aumento do número de exames que deixou de ser feito nos convencionados para ser feito no Serviço Nacional de Saúde, o que representa um "ganho de eficiência".
Por outro lado, a existência de uma "melhoria da prática clínica", com uma tendência generalizada para não prescrever exames que não tenham verdadeira justificação clínica.
Questionado sobre a possibilidade de alguns exames necessários não estarem a ser feitos por constrangimentos orçamentais, Fernando Leal da Costa, rejeitou-a, assegurando que nem a tutela deu esse tipo de indicações, nem os médicos deixariam de prescrever um exame se para tal houvesse justificação clínica.
"Nenhum médico deixará de fazer exames necessários para um diagnóstico por razões de corte e nem houve indicações nesse sentido", afirmou.
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