Oposição diz que Governo tem "discurso cor-de-rosa", Mota Soares lembra dificuldades de 2011

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 13 mar (Lusa) - Os partidos à esquerda criticaram hoje o "discurso cor-de-rosa" do Governo sobre números económicos que, dizem, não colam com a realidade, com o ministro Pedro Mota Soares a lembrar o "ponto de partida" do executivo em 2011.

"A grande maioria dos portugueses vive hoje muito pior", disse o deputado do PCP Jorge Machado, que, dirigindo-se ao ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, criticou o "discurso cor-de-rosa" do Governo sobre dados da economia.

O parlamentar falava numa interpelação do PCP ao executivo sobre "A grave situação económica e social do país e na política alternativa necessária para solução dos problemas nacionais".

O PS, pela deputada Catarina Marcelino, advogou que Mota Soares não falou no parlamento sobre "direitos e cidadania", tendo reiterado a capacidade "de tornear e fugir às questões".

Também o Bloco de Esquerda, com palavras das deputadas Mariana Aiveca e Mariana Mortágua, criticou o discurso do executivo, com Pedro Mota Soares a declarar que os partidos à esquerda "não perceberam o ponto de partida que efetivamente Portugal teve e foi colocado no ano de 2011", aquando do pedido de ajuda externa.

"Portugal foi obrigado a pedir assistência externa em abril de 2011 pela gravíssima razão que estava a pouquíssimas semanas de não pagar os seus compromissos mais básicos e essenciais", sublinhou o ministro.

Mota Soares criticou ainda os partidos à esquerda por falarem "como se Portugal não tivesse um défice para corrigir e uma divida para pagar".

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