Vale Moçambique obteve receitas de 273,9 ME com venda de carvão

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Porto Canal / Agências

Maputo, 13 mar (Lusa) - A mineira Vale Moçambique obteve receitas de 273,9 milhões de euros com a venda de carvão extraído na região de Moatize ao longo do último ano, tendo pagado 41,9 milhões em impostos, afirmou hoje o diretor da empresa.

Segundo Ricardo Saad, que falava sobre os resultados operacionais da empresa em 2013, a Vale Moçambique alcançou uma produção de cerca de quatro milhões de toneladas de carvão, dentro da capacidade de processamento instalada na mina de 11 milhões de toneladas.

Os constrangimentos que a empresa enfrenta no transporte de carvão para o porto da Beira, atualmente a única porta de escoamento existente, continuaram a afetar as exportações previstas, que se saldaram em cerca de três milhões de toneladas.

No balanço geral, destacando "prejuízos" no resultado líquido de 484,4 milhões de dólares obtido (cerca de 347,4 milhões de euros), o diretor geral da Vale Moçambique disse que a empresa gerou receitas de 381,9 milhões de dólares (273,9 ME) com a venda de carvão, destinado sobretudo ao mercado asiático, tendo pagado 58,5 milhões de dólares (41,9 ME) em impostos ao Estado moçambicano.

No que se refere aos investimentos realizados, Saad adiantou que a empresa de capitais brasileiros injetou 417,5 milhões de dólares (299,4 ME) na mina de Moatize, localizada na província de Tete, rumo ao objetivo de aumento da capacidade de processamento para 22 milhões de toneladas de carvão ao ano.

Mencionando o atual contexto negativo do mercado mundial de comercialização de carvão, o responsável enfatizou a necessidade de controlo de custos na fase de investimento em que o projeto se encontra, que deverá estar concluída dentro dos próximos cinco anos.

"Se não fosse uma empresa do porte da Vale, seria muito difícil o projeto de Moatize sobreviver. Nem tudo são flores", sublinhou Ricardo Saad, destacando a necessidade de "disciplina nos gastos", que não deverá ter repercussões na estrutura de recursos humanos da empresa, que, em dezembro, empregava 2.155 funcionários.

Relativamente às previsões para 2014, a multinacional espera produzir cerca de cinco milhões de toneladas de carvão, das quais quatro milhões de toneladas deverão ser exportadas.

Sobre o projeto de desenvolvimento do Corredor de Nacala, que envolve a construção e reabilitação de uma linha férrea com mais 900 quilómetros entre Moatize e o porto de Nacala-a-Velha, cujas obras de alargamento também estão incluídas no empreendimento, Ricardo Saad avançou o prazo de 2015 para a sua entrada em funcionamento.

Avaliado em 4,5 mil milhões de dólares (3,2 mil ME) o projeto está a ser desenvolvido conjuntamente com a estatal Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique, devendo a Vale Moçambique utilizar as duas infraestruturas, porto e linha férrea para a exportação anual de 18 milhões de toneladas de carvão.

Na mina de Moatize e no projeto Corredor de Nacala, a multinacional prevê investir, ao longo deste ano, cerca de dois mil milhões de dólares (1,4 mil ME).

EMYP // VM

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