Unasul vai enviar comissão ministerial à Venezuela em abril para "propiciar" diálogo

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Porto Canal / Agências

Caracas, 13 mar (Lusa) - A União de Nações da América do Sul (Unasul) decidiu, na quarta-feira, enviar à Venezuela uma comissão de Ministros dos Negócios Estrangeiros (MNE) dos países membros para "propiciar" o diálogo e ajudar Caracas a superar a atual crise.

Segundo o texto da resolução, a Unasul decidiu "designar, a pedido do Governo da Venezuela, uma comissão integrada pelos ministros de Relações Exteriores dos países da Unasul para que acompanhe, apoie e assessore num diálogo político amplo e construtivo orientado a recuperar a convivência pacífica na Venezuela, considerando a Conferência Nacional de Paz instalada".

A deliberação foi tomada durante uma reunião extraordinária dos MNE, que teve lugar em Santiago, capital do Chile, durante a qual a Unasul "ratificou o respeito pelos Direitos Humanos e condenou a violência" ocorrida nas últimas semanas e apelou para que se privilegie "o diálogo democrático e constitucional".

O documento começa por sublinhar que a Unasul decidiu "apoiar os esforços do Governo da República Bolivariana da Venezuela para propiciar um diálogo com todas as forças políticas e atores sociais, com o fim de conseguir um acordo que contribua para um entendimento e para a paz social".

De acordo com o documento, a Comissão de Ministros de Relações Exteriores deverá realizar "um primeiro encontro, o mais tardar, na primeira semana de abril".

A resolução final, lída pelo chefe da diplomacia do Chile, Heraldo Muñoz, expressa ainda a preocupação dos 12 países membros (Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela) "perante qualquer ameaça à independência e soberania" venezuelana.

Ao finalizar a reunião extraordinária o MNE venezuelano, Elías Jau, disse que a Venezuela está "plenamente satisfeita com a resolução" e "sente-se acompanhada na batalha".

A reunião extraordinária foi realizada a pedido da Venezuela, que é contrária a que igual iniciativa tenha lugar na Organização de Estados Americanos, por considerar que é um organismo ao serviço dos interesses norte-americanos.

A Venezuela tem vindo a ser palco, há um mês, de protestos diários, os quais provocaram pelo menos 26 mortos e várias centenas de feridos, resultando em cerca de 1.300 detidos.

FPG // DM.

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