Central nuclear de Sendai perto de se tornar na primeira a ser reativada no Japão

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Porto Canal / Agências

Tóquio, 13 mar (Lusa) - O regulador nuclear do Japão decidiu hoje que dois reatores da central de Sendai (sudoeste) podem aceder à fase final do processo de revisão de segurança, pelo que poder-se-ão tornar nos primeiros a serem reativados no país no pós-Fukushima.

No encontro de hoje, a Autoridade de Regulação Nuclear indicou que as unidades de fissão 1 e 2 desta central da ilha de Kyushu se encontram aptas para se submeterem à última fase do novo exame de segurança estabelecido na sequência do acidente na central nuclear de Fukushima, segundo um comunicado do organismo.

Estes dois reatores figuram como os primeiros de um universo de 48 - atualmente todos desligados - a alcançarem este último escalão, pelo que poderão voltar a estar operacionais este verão.

Atualmente, 17 reatores em dez centrais nucleares estão a ser submetidos a inspeções no Japão para determinar se cumprem a nova série de critérios de segurança mais rigorosos, especialmente no que se refere à capacidade das instalações para aguentar um eventual desastre como o do tsunami de 2011.

A operadora desta central da prefeitura de Kagoshima - a Kyushu Electric Power - indicou que pretende contar com o consentimento da população local para reativar a unidade este verão, época em que a procura elétrica no Japão aumenta devido ao uso de ar condicionado.

Os dois reatores da central são de água a pressão (diferentes dos de Fukushima), sendo que cada um deles tem capacidade para produzir 890.000 quilowatts de eletricidade.

Afastados da zona do sismo seguido de tsunami de 11 de março de 2011, nenhum dos dois reatores viu a sua atividade ser suspensa na sequência da tragédia.

Contudo, foram desativados dois meses depois a fim de serem alvo de revisão regular imposta pela lei e, tal como a maioria dos reatores no Japão, não voltaram a entrar em funcionamento devido à necessidade de se estabelecerem controlos de segurança mais apertos após a crise nuclear de 2011.

O desastre de Fukushima foi o pior acidente nuclear desde Chernobil (Ucrânia), em 1986.

Três anos depois, cerca de 50 mil pessoas que viviam junto da central continuam sem poder voltar às suas casas devido à radiação.

O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, comprometeu-se a impulsionar a reativação das centrais que cumpram as regras "mais rigorosas do mundo", como lhes chamou o seu Governo, apesar de grande parte da opinião pública parece estar contra a decisão.

DM // JCS

Lusa/fim

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