Hong Kong regista primeiro défice orçamental desde 2003

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Porto Canal com Lusa

Pequim, 02 dez 2019 (Lusa) - Hong Kong vai registar este ano o seu primeiro défice orçamental em 15 anos, anunciou hoje o secretário das Finanças, numa altura de grave crise política no território e guerra comercial entre China e Estados Unidos.

Paul Chan estimou que o PIB [Produto Interno Bruto] da ex-colônia britânica contraía 1,3%, em 2019, o que se refletirá no orçamento da região semiautónoma chinesa, que por norma regista um excedente.

O secretário atribuiu o défice para o ano fiscal 2019-2020 a uma queda na receita tributária, uma desaceleração na venda de imóveis e às ajudas anunciadas pelo Executivo local, para tentar acalmar a população.

"No final do ano fiscal, as contas da RAE estarão no vermelho", disse Chan, citando as iniciais da Região Administrativa Especial. "A economia de Hong Kong atravessa momentos muito difíceis", apontou, pedindo aos manifestantes que parem com atos violentos.

Hong Kong é há seis meses palco de manifestações, iniciadas por um projeto de lei que permitiria extraditar criminosos para países sem acordos prévios, como é o caso da China continental, e, entretanto, retirado, mas que se transformou num movimento que exige reformas democráticas e se opõe à crescente interferência de Pequim no território.

Os protestos têm assumido contornos cada vez mais violentos, com atos de vandalismo e confrontos com as forças de segurança.

Dados divulgados na semana passada revelam que as visitas por turistas da China continental caíram 46%, em outubro, em termos homólogos.

A economia de Hong Kong também sofreu o impacto de uma prolongada guerra comercial entre a China e os EUA, já que a região é uma das plataformas de negociação entre o mercado chinês e os mercados internacionais.

O orçamento de Hong Kong não registava défice desde 2003, quando um surto de SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) matou 300 pessoas na região.

No ano passado, o Executivo de Hong Kong registou um excedente orçamental equivalente a 16 mil milhões de euros. Membros da oposição ao executivo denunciam que este dinheiro não é alocado na luta contra as profundas desigualdades na sociedade local.

JPI // ANP

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