Direção-Geral das Artes vai apoiar três entidades de Lisboa. Vila Nova de Gaia, Cerveira e Algarve ficam de fora

Direção-Geral das Artes vai apoiar três entidades de Lisboa. Vila Nova de Gaia, Cerveira e Algarve ficam de fora
| Política
Porto Canal com Lusa

Três entidades culturais, todas da Área Metropolitana de Lisboa, vão receber um total de 550 mil euros de apoio sustentado à criação, na área das Artes Visuais, para 2020-2021, anunciou hoje a Direção-Geral das Artes (DGArtes).

Os resultados definitivos do Programa de Apoio Sustentado 2020-2021 começaram hoje a ser divulgados pela DGArtes e, na criação na área das Artes Visuais confirmam os resultados provisórios anunciados a 11 de outubro.

Assim, a Título Apelativo Associação Cultural, responsável pelo projeto Kunsthalle Lissabon, vai receber cerca de 129 mil euros, a Xerem Associação Cultural, que tem o projeto Hangar: Arte, Educação e Investigação, terá um apoio de cerca de 283.500 euros. Ambas são candidaturas nas Artes Plásticas.

A terceira entidade a ser contemplada, a CADA, com o projeto CADA 2020-2021, na área dos Novos Media, receberá cerca de 137.500 euros.

Consideradas elegíveis pelo júri, mas que não foram contempladas com qualquer apoio estão: LAC -- Laboratório de Actividades Criativas Associação Cultural (Algarve), Artistas de Gaia Cooperativa Cultural (Norte), Fundação Bienal Arte de Cerveira (Norte), Ectopia -- Arte Experimental Associação (Área Metropolitana de Lisboa) e Movimento de Expressão Fotográfica -- Associação Fotográfica de Carnide (A.M.Lisboa).

No domínio da criação, estão ainda por anunciar os apoios nas áreas da Dança, Música, Teatro, Cruzamento Disciplinar e Circo Contemporâneo e Artes de Rua.

No âmbito do Programa de Apoio Sustentado Bienal 2020-2021, a DGArtes anunciou, hoje também, os resultados definitivos no domínio da programação.

No total, este programa, juntando os domínios da criação e da programação, contempla um financiamento de 17,5 milhões de euros.

Os resultados provisórios dos concursos sustentados bienais 2020-2021 foram conhecidos no passado dia 11 de outubro, tendo gerado forte contestação por parte dos artistas, ao deixarem de fora 94 das 196 candidaturas apresentadas, com a agravante de 75 das excluídas terem sido consideradas elegíveis pelo júri.

Das 177 candidaturas elegíveis, apenas 102 garantiram financiamento, de acordo com os primeiros resultados.

O período de contestação (fase de audiência de interessados) terminou no passado dia 25 de outubro.

Na altura, a Plataforma Cultura em Luta anunciou que voltará aos protestos de rua quando o Governo apresentar o Orçamento do Estado para 2020, para exigir mais financiamento para o setor, e um novo sistema de apoio às artes.

Uma semana antes, cerca de 30 artistas entregaram ao primeiro-ministro, António Costa, cartas de contestação dos resultados provisórios dos concursos de apoio às artes.

A exiguidade do financiamento foi reconhecida por júris, que inscreveram em ata, pela primeira vez, de forma unânime, a falta de dinheiro para os concursos.

A própria DGArtes já defendeu a necessidade de melhorar e corrigir o atual modelo de apoio e a ministra da Cultura, Graça Fonseca, admitiu a necessidade de uma "revisão crítica" do modelo.

Na sexta-feira passada, o Bloco de Esquerda requereu, "com caráter de urgência", a audição da ministra para que esta preste esclarecimentos sobre os concursos.

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