Presidente da Venezuela anuncia que marchas "da direita não entrarão a Caracas"

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Porto Canal / Agências

Caracas, 12 mar (Lusa) - O presidente da Venezuela, anunciou na noite de terça-feira que enquanto acontecerem atos de vandalismo no país e a opositora Mesa de Unidade Democrática (MUD) não aceitar dialogar, as manifestações provenientes do interior não entrarão na capital.

"Enquanto houver atos de vandalismo, enquanto o golpe de Estado estiver ativo, enquanto a MUD negar o diálogo, as manifestações da direita não entrarão em Caracas", disse.

Nicolás Maduro falava acompanhado pela jornalista luso-descendente Desireé Santos Amaral, na estreia do seu novo programa radiofónico "Em contato com Maduro", emitido todas as terças-feiras através dos Sistema Nacional de Meios Públicos.

"Eu não as vou deixar entrar, porque não vamos trazer o que há em Chacao (leste) para o centro de Caracas. Eu vou proteger os territórios que estão em paz, com zelo o farei, porque essa marcha de ontem (marcha dos médicos) não estava autorizada", disse.

Nicolás Maduro explicou que há gente "infiltrada" nas marchas da oposição que apenas querem provocar distúrbios e estragos em zonas públicas.

"Enquanto estiver o golpe de Estado ativado, enquanto houver vandalismo queimando parte dos territórios governados pela oposição, enquanto a MUD não se sentar (para dialogar), não entram em Caracas e chamem-me o que quiserem chamar, não me importa, tenho o dever de proteger a paz da capital da República, porque a última vez que entraram, há um mês, destruíram meio centro de Caracas", disse.

Nicolás Maduro explicou que o Governo venezuelano está a reconstruir parte do património público destruído em manifestações e lamentou que isso não seja tema para a imprensa.

O Presidente garantiu que para hoje está apenas autorizado um protesto em Caracas e que aqueles que querem violência devem seguir para Chacao.

Desde há um mês que se registam diariamente protestos em várias localidades da Venezuela, entre manifestações pacíficas e atos de violência que provocaram pelo menos 22 mortos, várias centenas de feridos e mais de um milhar de detidos.

A oposição convocou para hoje uma marcha em Caracas, na qual esperavam contar com alguns milhares de pessoas de várias regiões do interior do país, para assinalar o primeiro mês do dia em que três estudantes foram assassinados durante uma manifestação que terminou em violência.

FPG // JCS

Lusa/fim

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