Diogo Branquinho: "temos de perder o respeito, olhá-los nos olhos e vencer"

| FC Porto
Porto Canal com fcporto.pt

O empate amargo da última ronda da competição europeia no Dragão Arena, frente ao Montpellier (23-23), já ficou para trás e, entretanto, os Dragões já deram mostras de qualidade no primeiro clássico da época frente ao Benfica, com uma vitória histórica na Luz por 23-33. Agora o desafio volta a subir de intensidade e o FC Porto de Magnus Andersson desloca-se à Alemanha para tentar bater o THW Kiel, na Sparkassen Arena (domingo, 18h00, Porto Canal e FC Porto TV).

Diogo Branquinho fez a antevisão do encontro e garantiu que todos os portistas vão com a ambição de vencer, mesmo sabendo que o adversário é considerado uma das melhores equipas do mundo no andebol. Recorde-se que na temporada passada, o THW Kiel venceu a Taça EHF e ficou em segundo lugar na Bundesliga.

À entrada para esta jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, os Dragões ocupam a sexta posição do Grupo B, com seis pontos, enquanto o THW Kiel é líder isolado, com 11.

Clássico na Luz
"Há que referir que o Benfica é um adversário direto, que luta pelo primeiro lugar no campeonato nacional. Acho que a diferença tão grande no resultado aconteceu por causa das diferenças de ritmo que as duas equipas estão sujeitas. Nós estamos a ser sujeitos a outro tipo de ritmo por causa dos jogos na Liga dos Campeões, estamos no meio dos melhores do mundo, enquanto o Benfica ainda só está numa fase preliminar da Taça EHF. Penso que a diferença no resultado foi precisamente por aqui, por esta diferença de ritmos. Foi também uma exibição em que tudo nos saiu bem, defendemos muito bem e no ataque estivemos muito eficazes e muito entrosados."

Palavra de apoio aos colegas
"Uma palavra para os meus colegas que estão em recuperação: que voltem rápido, com mais força ainda. Para o bem deles e também da equipa. As lesões no desporto são o pior que há e todos queremos evitar que nos aconteçam, mas nós sabemos que fazem parte. Agora temos de apoiar quem está mal, para que voltem ainda mais fortes. Enquanto eles não estão aqui, temos de fazer das tripas coração para ganhar todos os jogos, lutar da mesma maneira para quando eles voltarem estarmos num patamar bom."

Regresso ao Sparkassen-Arena
"Vamos lá para ganhar, caso contrário não valia a pena. Tenho a certeza que todas as pessoas que vão entrar no avião para ir para Kiel sabem, e têm consciência que o desafio é grande, mas na cabeça têm uma enorme vontade e crença de ganhar."

O adversário e o ambiente
"O Kiel é talvez o maior emblema do mundo ao nível do andebol. A liga alemã é a melhor do mundo é como se fosse a NBA. Ontem estava a falar com o Thomas Bauer e ele estava-me a dizer que jogar em Kiel, para as pessoas perceberem, é como vir jogar aqui ao Porto, é o melhor lugar para se jogar andebol, é onde se pratica o melhor andebol. É um clube com muita história, onde já passaram muitos jogadores importantes. Desde pequeno que vejo o Kiel a jogar e por isso estamos muito contentes por lá ir e por jogar contra eles. Mas agora temos de “perder o respeito desportivo” que temos por eles, olhar nos olhos deles e tentar vencer."

O que vai na bagagem
"Levamos as camisolas... mas a nossa camisola tem um peso enorme, para nós e para os outros. Cada vez que a vestimos sentimos uma enorme responsabilidade de ganhar e uma obrigação de dar o nosso melhor, e penso que o nosso melhor chega."

Melhor elogio dos adeptos
"O facto de as pessoas agora já terem ideia daquilo que somos capazes de fazer é uma boa responsabilidade, nós conquistamos isso. O facto de as pessoas ficarem tristes porque empatamos contra o Montpellier, é o melhor elogio que nos podem dar. Uma equipa que ganhou a Liga dos Campeões há dois anos, agora nós jogamos contra eles, empatamos e ficamos tristes, é sem dúvida um grande elogio porque faz-nos pensar que realmente somos muito bons e podemos fazer muito mais. Há uma coisa que eu costumo dizer, o Porto e o Dragão Arena devem ter um astral qualquer porque nós, mesmo não sendo os favoritos, a maior probabilidade é de vencer. Por exemplo quando recebemos o Magdeburg aqui o ano passado e vencemos, ou este ano o Kielce, e todos os jogos da Liga dos Campeões em casa. Sabemos que os adversários são mais fortes e ouvimos que é quase impossível, mas depois no final nós mostramos que também temos valor. Temos conseguido pontuar sempre."

Até onde pode chegar o FC Porto
"Se ficar espelhado o nosso trabalho diário em todos os jogos, acredito que vamos conseguir cumprir com os objetivos que traçamos: voltar a vencer o campeonato nacional, ganhar a Taça de Portugal e ir o mais longe possível na Liga dos Campeões. Para já, nesta competição europeia, queremos passar a fase de grupos e penso que estamos bem encaminhados, e depois ver quem calha no nosso caminho e prepararmo-nos da melhor maneira possível."

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