Ajuda externa: OCDE estima que défice orçamental português fique nos 5,1% do PIB

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 10 mar (Lusa) - O secretário-geral adjunto da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) estimou hoje que o défice orçamental para 2013 fique nos 5,1% do PIB e defendeu que é importante permitir um desvio das metas orçamentais.

Numa declaração enviada à agência Lusa, Yves Leterme considerou que o défice orçamental de 2013 deverá ficar nos 5,1% do Produto Interno Bruto (PIB), abaixo da meta de 5,5% acordada com os credores internacionais para esse ano.

"Os dados recentes da economia portuguesa têm sido, na sua maioria, encorajadores, nomeadamente quanto às melhorias na produção industrial, nas exportações, na balança corrente e no desemprego. O desempenho orçamental também mostrou sinais positivos, com o défice orçamental de 2013 estimado nos 5,1%, abaixo do objetivo do programa", afirmou o secretário-geral adjunto da OCDE.

No entanto, Yves Leterme alertou que, "como a economia continua fraca, é importante permitir que as metas de défice orçamental se desviem dos objetivos [do programa], caso o crescimento fique abaixo do esperado, para evitar uma espiral negativa entre as condições macroeconómicas e os objetivos orçamentais".

O valor do défice para 2013 será divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística no fim de março, mas no fim de janeiro, a ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, afirmou no Parlamento que, excluindo todos os efeitos extraordinários, o défice orçamental em 2013 será de 5,2%, o que representa uma diferença de 0,6 pontos percentuais face a 2012.

"Expurgados todos os efeitos extraordinários em 2012 e 2013, tivemos um défice em 2012 de 5,8% e em 2013 de 5,2%. Expurgados todos os efeitos extraordinários, temos, portanto, uma diferença de 0,6 pontos", afirmou a governante.

Na última revisão da 'troika' (Fundo Monetário Internacional, Comissão Europeia e Banco Central Europeu), as previsões para o crescimento económico em 2014 foram melhoradas, esperando-se agora um aumento de 1,2% do PIB (contra os 0,8% anteriormente previstos).

SYP/ND// ATR

Lusa/fim

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