Passos refere responsabilidades do parlamento para pagamento dos subsídios "a tempo e horas"

| Política
Porto Canal / Agências

Lisboa, 14 jun (Lusa) - O primeiro-ministro advertiu hoje que está também nas mãos do parlamento garantir que o pagamento dos subsídios será feito "a tempo e horas" a funcionários públicos e pensionistas, enquanto Seguro reclamou o seu pagamento imediato.

Esta questão foi levantada por António José Seguro no debate quinzenal com o primeiro-ministro, na Assembleia da República, sustentando que "ninguém compreende a ordem" do Governo à administração pública "para não pagar um dos subsídios".

"Por razões legais e porque se trata de um direito social dos trabalhadores, esse dinheiro é devido. Mais dinheiro no bolso das famílias significa que essas famílias têm menores dificuldades no quotidiano e podem ajudar o comércio local e as empresas nacionais. Se o senhor primeiro-ministro tem dinheiro, porque teima em não pagar aos funcionários públicos?", perguntou o secretário-geral do PS.

Pedro Passos Coelho contrapôs que o Governo cumprirá a decisão do Tribunal Constitucional "e pagará o 13.o e 14.o meses a quem tinha esses subsídios suspensos. Vai fazê-lo com a maior das normalidades durante este ano", disse.

Na sua resposta a Seguro, o primeiro-ministro evitou sempre referir-se a estes subsídios como de Natal ou de férias.

"Relativamente a um [dos subsídios] já estamos a pagar antecipadamente em duodécimos. O outro pagaremos entre novembro e dezembro, caso neste último caso se trate de pensionistas. Nesta altura, está também nas mãos do parlamento garantir que estes pagamentos se poderão fazer a tempo e horas", declarou o primeiro-ministro.

O secretário-geral do PS, porém, manifestou-se insatisfeito com a resposta do primeiro-ministro e contra-atacou.

"O senhor não é obrigado a pagar o subsídio [de férias] a partir de novembro, o senhor é obrigado a pagar o subsídio na data em que sempre os funcionários públicos receberam esse mesmo subsídio, que é agora. Arranje as desculpas que quiser, ninguém compreende que o senhor não pague na data exata aos funcionários públicos o subsídio que lhes é devido por lei", frisou o líder do PS.

PMF // SMA

Lusa/fim

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