Quatro maiores auditoras em Portugal concentram 45% dos honorários em 2018, acima de 2017
Porto Canal com Lusa
Lisboa, 26 set 2019 (Lusa) -- A concentração das empresas de auditoria aumentou em 2018, representando as quatro maiores auditoras a operar em Portugal 45% do total de honorários, acima dos 42% registados em 2017, segundo informação hoje divulgada pela CMVM.
Segundo os Resultados do Sistema de Controlo de Qualidade da Auditoria, hoje divulgados pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o valor total das receitas das auditoras aumentou 2% para 160,2 milhões de euros, face a 2017, não tendo existido "alterações significativas na repartição dos honorários entre as maiores firmas de auditoria, nos exercícios de 2017 e 2018".
As quatro maiores empresas de auditoria -- designadas no meio por 'big four' -- são Deloitte, KPMG, EY e PWC, sendo que são as mesmas que dominam o mercado internacional.
A informação hoje divulgada pela CMVM fala ainda sobre a rotação de auditores, obrigatória por lei ao fim de 10 anos, referindo a CMVM que entre 01 de junho e 31 de dezembro de 2018 recebeu cinco pedidos de exceção às regras da rotação obrigatória de auditores, tendo aceitado dois desses pedidos.
Já entre 01 de janeiro e 31 de maio deste ano recebeu quatro pedidos de extensão de mandato (ou seja, de exceção da rotação obrigatória do auditor), tendo recusado todos.
Ao fim de dez anos é obrigatório uma empresa mudar de auditor externo, contudo, podem pedir a prorrogação desse prazo, podendo nesse caso o mesmo auditor ficar até mais dois anos. Contudo, a CMVM só permite essa extensão do prazo perante condições excecionais devidamente justificadas.
Em maio de 2019, havia 1.404 auditores registados na CMVM. Em 2018, foram reportados à CMVM mais de 29 mil relatórios de auditoria.
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