Conselho Estratégico de Viseu quer ensino superior forte e a trabalhar em rede

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Porto Canal / Agências

Viseu, 05 mar (Lusa) -- O Conselho Estratégico de Viseu defendeu hoje que a região precisa de um ensino superior forte, especializado em setores estratégicos e que trabalhe em rede com a comunidade empresarial, social e cultural.

No final da segunda reunião do seu órgão de aconselhamento, o presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques (PSD), disse aos jornalistas que "foi claramente identificado que esta é uma região ainda desconectada", apesar de existir "alguma interação entre as diferentes entidades".

Segundo o autarca, o ensino superior foi considerado uma âncora do desenvolvimento da região, tendo sido decidida a criação do "Fórum Viseu Academia Empresas".

Em Viseu, existem sete mil alunos a frequentar o ensino superior, a grande maioria nas várias escolas do Instituto Politécnico e os restantes na Universidade Católica e no Instituto Piaget.

O relator do Conselho Estratégico de Viseu, Alfredo Simões, explicou que "há muitas iniciativas, quer dos estabelecimentos de ensino superior, quer das empresas e das organizações da região que permitem o estabelecimento de relações entre elas", mas "a região precisa de ir muito mais além e de se tornar uma região conetada".

"Precisamos de ser uma região em que os agentes possam cooperar entre si, trabalhar em rede, mas mais do que isso, que desse trabalho resulte uma transformação da própria região, que ela dê um salto qualitativo", frisou.

Com a criação do "Fórum Viseu Academia Empresas" pretende-se "criar condições para que a academia, os estabelecimentos de ensino superior, com os seus docentes, os empresários e as demais organizações da região possam ter um lugar de encontro e criar projetos", que eventualmente venham até a ser financiados, acrescentou.

Almeida Henriques sublinhou a importância de estimular cada vez mais o trabalho em rede, exemplificando com a área da música, em que poderá haver uma maior interação entre o Instituto Piaget e o Conservatório, e a do desporto, com uma maior interação entre a Escola Superior de Educação e o Académico de Viseu.

O autarca social-democrata referiu que Viseu quer ganhar mais competências ao nível do ensino superior, avançando que no próximo ano poderá abrir o curso de Arquitetura na Universidade Católica.

"Estamos a fazer este trabalho também com o Piaget e com o Instituto Politécnico, para encontrarmos formas de potenciar o que temos de bom em Viseu", acrescentou.

O presidente do Politécnico, Fernando Sebastião, defendeu a necessidade de o governo tomar alguma medida de regulação do sistema ao nível das vagas, "de forma a permitir que as várias instituições que estão espalhadas por todo o território nacional possam ter a sua capacidade devidamente aplicada".

Segundo o responsável, 30% dos cursos funcionam em Lisboa, 50% no conjunto de Lisboa e Porto e os restantes 50% no resto do território.

"O interior tem apenas cerca de 17%, quer de cursos, quer de financiamento", lamentou.

A próxima reunião do Conselho Estratégico de Viseu será dedicada à estratégia para o centro histórico.

AMF // SSS

Lusa/fim

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