Escola de Hotelaria de VRS António tem menos alunos por quebra na procura

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Porto Canal / Agências

Faro, 05 mar (Lusa) -- O Governo justificou a não admissão de novos alunos na Escola de Hotelaria e Turismo de Vila Real de Santo António com a redução da procura, mas assegurou que a oferta formativa foi assegurada noutras escolas, como a de Faro.

Numa resposta à agência Lusa, a Secretaria de Estado do Turismo explicou que, "anualmente, o Turismo de Portugal define o mapa de oferta formativa a ministrar na rede de Escolas de Hotelaria e Turismo", que estão "organizadas por agrupamentos escolares", através de critérios como a racionalização da oferta, a duplicação de formação nas regiões, as necessidades do mercado ou a análise da evolução da procura dos cursos.

"No caso da Escola de Vila Real de Santo António, houve uma redução de oferta porque se assiste a uma redução progressiva da procura ao longo dos últimos anos letivos. A procura tem sido inferior ao número de vagas disponíveis, havendo atualmente turmas com menos de oito alunos, o que pode comprometer a viabilidade e a qualidade técnico-pedagógica da formação prestada", justificou a Secretaria de Estado do Turismo.

A não admissão de novos alunos por parte da Escola de Hotelaria de Vila Real de Santo António no presente ano letivo esteve na base de uma pergunta que o PCP apresentou na Assembleia da República a questionar o Governo sobre o futuro dessa unidade de formação profissional, que no presente ano letivo só contou com cerca de 50 alunos dos 2.º e 3.º anos.

O PCP mostrou-se preocupado com a possibilidade de a não entrada de novos alunos corporizar uma intenção do Governo de, a prazo, encerrar a escola em Vila Real de Santo António e questionou o Ministério da Economia sobre os motivos de não ter sido autorizada a admissão de mais estudantes no presente ano letivo.

Na sequência da pergunta apresentada pelo PCP no parlamento, a Lusa questionou a tutela sobre o assunto e, numa resposta escrita, a Secretaria de Estado do Turismo respondeu que "o Algarve tem atualmente três escolas [Faro, Vila Real de Santo António e Portimão] a funcionar e a oferta das mesmas tem sido adaptada à procura, razão pela qual a escola de Faro viu a sua oferta aumentar".

"No âmbito da revisão do modelo de gestão e organização das escolas, o Governo não fez, nem está a fazer, uma análise individual de cada escola com vista ao seu encerramento", referiu o Governo, que não respondeu sobre quantas escolas e quais estão, a nível nacional, na mesma situação que a de Vila Real de Santo António.

O Governo adiantou estar "a trabalhar, em conjunto com o Turismo de Portugal, numa revisão do modelo de gestão e organização das escolas, com o objetivo de torná-las mais rentáveis (num caminho para a autossustentabilidade) e reposicioná-las no panorama do ensino, tornando-as mais competitivas, racionalizando a sua estrutura, otimizando e adequando os seus recursos, aumentando a qualidade da formação e aproximando-as do mundo empresarial".

MHC // ROC

Lusa/fim

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