"Dia normal" de abastecimento "a 100%" na refinaria de Matosinhos

| Norte
Porto Canal com Lusa

No primeiro dia de greve de motoristas de mercadorias, está “um dia normal” à porta da refinaria de Leça da Palmeira, Matosinhos, com camiões a abastecer combustível “a 100%”, disse esta segunda-feira à Lusa um dos coordenadores sindicais.

Atualizado 13-08-2019 11:40

“Aqui está como um dia normal, ou até mais. Quais serviços mínimos, quais 50%? Isto aqui está tudo a 100%”, afirmou José Rego, um dos coordenadores do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP).

Pelas 10:00, continuavam a entrar e sair camiões da Refinaria da Petrogal no concelho de Matosinhos, distrito do Porto, e os cerca de 40 trabalhadores do piquete de greve no exterior saudaram o um breve “buzinão” vindo do interior, segundo constatou a Lusa no local.

A essa hora, um dos camiões que se dirigia à refinaria parou junto ao piquete de greve, tendo o motorista saído para cumprimentar os colegas e mostrar um papel onde se lia: “estou em greve e sou obrigado a trabalhar”.

“Em quase 20 anos de descontos, este é o pior dia da minha vida de trabalho. Sinto-me de mãos atadas, não sinto liberdade nem democracia. Estamos só a pedir que o nosso salário base seja aumentado”, explicou aos jornalistas o motorista que se apresentou como Virgílio.

O trabalhador disse estar “em greve” e “a cumprir com os serviços obrigatórios”.

Teve “dúvidas” ao ver o piquete de greve, mas acabou por parar e sair para cumprimentar os colegas.

“Estou solidário. Sinto-me mal em estar a trabalhar. Não há definição clara para o que estou a sentir. Estou em greve, vou cumprir com os serviços obrigatórios, mas isto não é uma greve, é uma manifestação”, lamentou.

O responsável sindical José Rego notou ainda não ter condições para deixar de cumprir os serviços mínimos, como defendeu esta manhã o presidente do SNMMP, Pardal Henriques.

“Não temos condições nenhumas. Como este aparato policial todo, o que vamos fazer?”, questionou.

José Rego referiu a presença de elementos da PSP, “três carros da polícia de choque, tropa e exército”.

“Cheguei aqui e pensei que vinha para a guerra”, lamentou.

O sindicalista observou também que, pelas 09:30, cerca de 100 camiões já tinham passado pela refinaria e que os parques de abastecimento de combustível estavam “cheios”.

“Os camiões vão descarregar e alguns são capazes de vir carregar outra vez. É um dia normal de trabalho, está tudo cheio. Estão a trabalhar a 150%”, afirmou.

“Estão sempre a passar”, lamentou.

O coordenador do sindicato criticou ainda que não esteja a ser usado, nos camiões em serviço, o dístico que devia “ser feito na Casa da Moeda”.

“Puseram um papel qualquer a dizer Serviços Mínimos. Se tiverem 30 ou 100 camiões, põem em todos”, criticou.

Os motoristas cumprem hoje o primeiro dia de uma greve marcada por tempo indeterminado e com o objetivo de reivindicar junto da associação patronal Antram (Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias) o cumprimento do acordo assinado em maio, que prevê uma progressão salarial.

A greve foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) e pelo Sindicato Independente dos Motoristas de Mercadorias (SIMM), tendo-se também associado à paralisação o Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN).

O Governo decretou serviços mínimos entre 50% e 100% e declarou crise energética, que implica “medidas excecionais” para minimizar os efeitos da paralisação e garantir o abastecimento de serviços essenciais como forças de segurança e emergência médica.

Os motoristas de matérias perigosas anunciaram esta manhã que vão deixar de cumprir os serviços mínimos.

O presidente do SNMMP, Pardal Henriques acusou hoje o Governo e as empresas de não estarem a respeitar o direito à greve, dizendo que há trabalhadores “a ser subornados” e “polícia e Exército a escoltar os camiões”.

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