Macau essencial para atrair investimento internacional na Grande Baía - chefe do Governo

| Economia
Porto Canal com Lusa

Macau, China, 12 ago 2019 (Lusa) -- Macau é essencial para atrair investimento internacional para a criação da metrópole mundial da Grande Baía que a China está a desenvolver, disse hoje o chefe do Governo do território, Fernando Chui Sai On.

Macau assume um papel de grande importância na estratégia de criação da Grande na missão "para se atrair investidores e apoiar empresários na internacionalização", sobretudo pela sua mais-valia como elo de ligação entre as culturas ocidentais e orientais, sublinhou o governante.

As declarações foram realizadas num fórum no qual participam especialistas nacionais e estrangeiros, com a presença de mais de 60 académicos de dez países e territórios para debater a missão cultural da Grande Baía, uma metrópole mundial que Pequim está a criar e que integra Macau, numa região com mais habitantes do que nações como França, Reino Unido ou Itália.

A Grande Baía junta Hong Kong, Macau e nove cidades da província de Guangdong (Dongguan, Foshan, Cantão, Huizhou, Jiangmen, Shenzhen, Zhaoqing, Zhongshan e Zhuhai).

A região tem cerca de 70 milhões de habitantes e um Produto Interno Bruto que ronda os 1,3 biliões de dólares - maior que o PIB da Austrália, Indonésia e México, países que integram o G20.

Presente no Fórum Internacional da 'Missão Cultural da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau", a chefe do Executivo de Hong Kong defendeu que "Macau possui características próprias e a cultura é uma ponte de ligação para unir as pessoas".

Uma mais-valia para o território na promoção da estratégia nacional chinesa, acrescentou Carrie Lam.

Já o governador da província de Guangdong, Ma Xingrui, destacou os esforços que têm sido realizados para reforçar a cooperação entre as três regiões e assegurou que se vai continuar a apostar em intercâmbios para promover a cultura chinesa tradicional.

Uma vontade secundada pelo presidente da Academia Chinesa de Ciências Sociais, Xie Fuzhan, que frisou igualmente as vantagens "únicas" de Macau na difusão mundial da História, da cultura chinesa e do "sucesso" que tem caracterizado a adoção do princípio 'Um país, dois sistemas'.

Até 2035, 14 anos antes de terminar o período que prevê um alto grau de autonomia, ao abrigo da política "Um País, Dois Sistemas", o Governo Central chinês pretende integrar Macau através de políticas de educação, saúde, emprego, segurança social e facilidades de mobilidade fronteiriças.

O território ficará também responsável por se posicionar enquanto centro mundial de turismo e lazer, mas deverá protagonizar uma missão específica: "promover a coexistência das diversas culturas, com predominância da cultura chinesa".

Estas ambições constam no documento divulgado em fevereiro pelo Comité Central do Partido Comunista Chinês (PCC) e pelo Conselho de Estado (Executivo), intitulado de "Linhas Gerais do Planeamento para o Desenvolvimento da Grande Baía Guangdong-Hong Kong-Macau".

O documento estipula que, até 2022, a Grande Baía deverá converter-se num 'cluster' de classe mundial e, até 2035, numa área de excelência a nível internacional.

JMC // MIM

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