Autarcas dos EUA pedem ao Senado que vote leis sobre armas aprovadas na câmara baixa
Porto Canal com Lusa
Washington, 08 ago 2019 (Lusa) - Mais de 200 autarcas norte-americanos pediram ao Senado que aprove legislação sobre armas já aprovada na câmara baixa, perante críticas de que o Congresso não está a responder eficazmente aos tiroteios que mataram 31 pessoas esta semana.
Os autarcas enviaram uma carta ao líder da maioria no Senado, o republicano Mitch McConnell, e ao líder democrata, Chuck Schumer.
"A nossa nação não pode mais esperar que o Governo Federal tome as medidas necessárias para impedir que pessoas que não deveriam ter acesso a armas de fogo sejam capaz de comprá-las", refere a carta.
Os autarcas pediram que o Senado votasse dois projetos aprovados pela Câmara dos Representantes (no início do ano), nos quais são ampliadas as verificações de antecedentes para a venda de armas.
A carta foi assinada pelo autarca de El Paso, no Texas, Dee Margo, e pelo autarca de Dayton, no Ohio, Nan Whaley, entre outros onde ocorreram tiroteios, incluindo Orlando e Parkland, na Flórida, Pittsburgh e Annapolis, em Maryland.
"A rápida aprovação dessas leis é um passo fundamental para reduzir a violência armada em nosso país", escreveram os autarcas.
A carta surge num momento em que McConnell, o líder republicano, resiste à pressão para interromper as férias de agosto dos senadores, apesar dos apelos para "que seja feita alguma coisa" depois do tiroteios do último fim de semana no Texas (em El Passo) e no Ohio (Dayton), que deixaram 31 mortos e dezenas de feridos.
O líder republicano está a adotar uma abordagem mais moderada, já que os senadores do Partido Republicano falam frequentemente entre si e com a Casa Branca, face as crescentes críticas de que o Congresso está a falhar neste caso.
O Presidente, Donald Trump, está a convocar secretamente os senadores enquanto pressiona publicamente por uma ampliação da verificação dos antecedentes nas compras de armas de fogo, mas McConnell sabe que essa ideia tem pouco apoio republicano.
Na verdade, a Casa Branca ameaçou vetar a lei de verificação de antecedentes aprovada pela Câmara dos Representantes no início deste ano.
"Só posso fazer o que posso fazer", disse Trump aos jornalistas na quarta-feira, quando partiu de Washington para El Paso e Dayton, para visitar as vítimas e famílias e elogiar os socorristas.
CSR // FPA
Lusa/fim