Sustentabilidade é o mote do festival de videoarte Fuso a partir de 27 de agosto

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Porto Canal com Lusa

Maputo, 05 ago 2019 (Lusa) - O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, disse hoje em Palma, norte do país, que os investimentos no gás natural são um "passo gigantesco" para a arrecadação de mais receitas para o Estado e para a dinamização da economia nacional.

"Moçambique está a dar passos gigantescos rumo à geração de mais fontes de receitas, que permitirão a estruturação da nossa economia, a longo prazo", declarou Filipe Nyusi, falando no lançamento formal da fábrica de gás natural liquefeito (LNG, na sigla inglesa) Mozambique LNG.

A Mozambique LNG é um empreendimento de um consórcio liderado pela multinacional norte-americana Anadarko, que vai extrair gás natural na Área 1 da Bacia do Rovuma, norte de Moçambique.

O chefe de Estado moçambicano afirmou que o projeto do consórcio da Anadarko e outros associados à produção de gás natural vão catapultar a economia do país, ao nível regional, continental e global.

"Este cenário vinca, de forma irrefutável, que Moçambique é um destino de investimento direto estrangeiro", assinalou.

A aposta de empresas multinacionais no mercado moçambicano, prosseguiu, é prova de que o país conseguiu criar um ambiente legal e capacidade institucional adequados ao investimento.

A fábrica está orçada em 150 milhões de dólares (134 milhões de euros) e terá capacidade para a produção de 12,8 milhões de toneladas por ano, dos quais 11,1 milhões de toneladas por ano já foram vendidos a compradores europeus e asiáticos.

A Mozambique LNG faz parte de um investimento no valor de 23 mil milhões de dólares (20,6 mil milhões de euros), anunciado em junho pelo consócio da Anadarko para a Área 1.

Por outro lado, o consórcio liderado pela ENI e Exxon Mobil está a construir uma plataforma flutuante com capacidade para produzir 3,37 milhões de toneladas de gás natural liquefeito também na Bacia do Rovuma.

PMA // VM

Lusa/Fim

Lisboa, 05 ago 2019 (Lusa) - A sustentabilidade é o mote do festival Fuso - Anual de Videoarte Internacional de Lisboa, que se realiza entre 27 de agosto e 01 de setembro, com entrada gratuita, em seis espaços culturais da capital portuguesa.

De acordo com a organização, esta 11.ª edição do FUSO - Anual de Videoarte Internacional de Lisboa dedica um dos seus programas a uma 'Open Call' aberta a artistas portugueses e artistas a residir em Portugal.

Para esta edição da 'Open Call' foram recebidos 147 vídeos e selecionados 14 por Jean-François Chougnet, diretor artístico do Fuso, e os trabalhos vão ser apresentados no dia 29 de agosto, às 22:00, na Praça do Carvão do Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT).

A sustentabilidade, "entendida como o respeito ao meio ambiente, à diversidade cultural e social e a um crescimento económico justo e consequente", é o mote da edição deste ano, segundo a organização.

Desde 2009 que o festival apresenta obras em videoarte em espaços ao ar livre, em Lisboa, como jardins e claustros de museus, com entrada livre, acolhendo artistas, curadores, público em geral, instituições portuguesas envolvidas nesta prática artística, e ainda especialistas e responsáveis por coleções internacionais.

Desafios como o aquecimento global, "cujas informações científicas têm sido desacreditadas por governos de países em que a extrema-direita ascende ao poder, posicionando-se contrariamente aos direitos de minorias, e a acordos internacionais de livre circulação de ideias e de pessoas", estarão no centro do debate dos artistas nesta edição.

Nesta área, o evento tentará "encontrar respostas para as mudanças de consciência, de atitude e de funcionamento que seriam propícias por parte dos artistas, curadores, críticos, galeristas e colecionadores, a título individual e institucional".

Entre os artistas que participam nesta 11.ª edição estão Cinza Nunes, com o vídeo "Périot Meets Acconci"; Gonçalo Nogueiro Neves mostra "What Really Goes Through Our Minds: The Times They Are A-Changin", sobre o consumo constante de tecnologia; e o artista plástico Isaque Pinheiro apresenta "A Gregos e a Troianos", um vídeo pensado e construído enquanto desdobramento de uma obra escultórica interativa e performativa, também da sua autoria.

Entre outros trabalhos na programação, estão o do artista visual João Paulo Serafim, "Extinct Birds", que questiona os modelos tradicionais de representação, classificação, organização de génese científica; de João Pedro Fonseca, que mostra "Animal Fantasma"; do músico brasileiro Marcos Kuzka, que exibe "Pong Ping", um duelo entre o telemóvel e o ambiente.

Aos vídeos da 'Open Call' vão ser atribuídos dois prémios: Prémio Aquisição Fuso - Fundação EDP/MAAT, para a melhor obra eleita pelo júri, no valor de 2.500 euros, e o Prémio Incentivo Fuso - Restart, atribuído pelo público, de apoio a um projeto através de cedência de recursos e meios técnicos no valor de 1.500 euros.

O júri será presidido por Margarida Chantre (Fundação EDP/MAAT) e composto por Antoni Muntadas e Irit Batsry (artistas visuais), Isabel Nogueira (curadora, investigadora e professora universitária) e Luciano Scherer & Maíra Flores (vencedores do 'Open Call' Fuso 2018).

Os dois vencedores desta edição vão ser conhecidos no encerramento do festival, no dia 01 de setembro, às 23:30, no claustro do Museu da Marioneta, em Lisboa.

O Fuso 2019 irá decorrer na Travessa da Ermida, na Praça do Carvão do MAAT, no Jardim do Museu Nacional de Arte Contemporânea do Chiado, no Jardim do Museu Nacional de Arte Antiga, no claustro do Museu Nacional de História Natural e da Ciência e no claustro do Museu da Marioneta.

O Fuso - Anual de Vídeo Arte Internacional de Lisboa está inserido no programa Lisboa na Rua, promovido pela Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), do município de Lisboa.

AG // MAG

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