Primeira conferência europeia do "Nobel do Ambiente" no Fórum Internacional de Gaia

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Porto Canal com Lusa

Vila Nova de Gaia, Porto, 31 jul 2019 (Lusa) -- A primeira conferência europeia do prémio Goldman, galardão conhecido como o "Nobel do Ambiente", vai realizar-se em setembro em Vila Nova de Gaia numa sessão integrada na terceira edição do Fórum Internacional Gaia (FIGaia), foi hoje anunciado.

A conferência "Goldman Prize -- 30 anos a mudar o mundo" vai reunir os seis laureados do prémio que representam os cinco continentes e são pessoas que desenvolveram projetos de luta e de defesa do planeta, bem como o diretor executivo do Prémio Goldman, Michael Sutton.

Em declarações aos jornalistas esta tarde, na apresentação do FIGaia 2019, a vereadora da Cultura de Gaia, Paula Carvalhal, explicou o porquê desta aposta, lembrando que "a sustentabilidade é um tema do qual ninguém se pode alhear".

"E queremos envolver a comunidade neste alerta e nesta reflexão sobre o mundo. É assim que educamos, com mensagens dedicadas a todos", referiu a autarca.

Paula Carvalhal acrescentou que, "ao longo de 11 dias o FIGaia procurará acompanhar os desafios e objetivos que são propostos pela Agenda 2030 das Nações Unidas", sendo que este ano se multiplica em cerca de 80 espetáculos de dança, teatro, música, poesia e artes visuais, bem como debates e intervenções focadas no tema "Colaboração em Português".

O FIGaia vai decorrer de 11 a 22 de setembro com epicentro na cota alta da cidade de Vila Nova de Gaia, no distrito do Porto, sobretudo na zona do auditório e bibliotecas municipais, isto depois de nas edições anteriores ter decorrido na beira-rio e centro histórico.

"Um dos objetivos deste fórum é a intervenção no território, o deixar marca. Este ano foi opção passar para um novo espaço da cidade com o mesmo princípio de deixar a marca no território através de projetos que não acontecem só naquele período de tempo, mas se estendem no tempo", descreveu a coordenadora do projeto, Ana Carvalho.

Só os espetáculos de interior serão pagos com preços que variam entre os dois e os 10 euros.

A publicação de "Língua de Sal -- Antologia Mínima de 100 Poemas em Língua Portuguesa" será um dos elementos estruturantes do FIGaia 2019, um elemento do programa que vai desdobrar-se em vários eventos que vão animar diferentes palcos e espaços públicos da cidade.

"Escolhemos poetas [século XX] que já não estão entre nós e o foco é o envolvimento da cidade em torno desta antologia com poemas a serem musicados, a serem tatuados na cidade, com poemas nas escolas e nos cafés", descreveu o coordenador da vertente de poesia do FIGaia, Rui Spranger, sobre uma antologia com poetas de todos os países de língua oficial portuguesa.

Já na área da música foi destacada a atuação de Tiganá Santana e Lura que interpretam sons brasileiros e africanos de forma a promover, conforme se lê na descrição deste fórum, "a celebração das tradições musicais que unem os distintos povos do mundo lusófono".

A programação contempla também a década de 1990 em Portugal, com os Três Tristes Tigres a revisitar alguns dos temas mais icónicos, como "O Mundo a meus pés", enquanto a Adolfo Luxúria Canibal, autor e músico português que ficou conhecido por ser fundador e membro dos Mão Morta, caberá a missão de criar sonoridades para os escritos da sua autoria, que convivem com poemas do surrealista Mário Cesariny.

O FIGaia aposta, ainda, no espetáculo "Ode Marítima", de Pedro Lamares, numa leitura integral do poema de Álvaro de Campos, um dos heterónimos de Fernando Pessoa.

Entre outros aspetos, Ana Carvalho falou, ainda, da "política forte de encomendas" deste fórum, um evento, disse a coordenadora, "estruturado para convocar todos os cidadãos para refletir sobre temas contemporâneos focados no desenvolvimento sustentável".

Nota ainda para uma das novidades, o Baile Brega que vai acontecer na garagem do auditório municipal, espaço que será o ponto de encontro entre as várias propostas artísticas através de uma espécie de 'show' de variedades.

PFT // MSP

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