Homem que esfaqueou "pai adotivo" e militares da GNR condenado a pena suspensa
Porto Canal / Agências
Estarreja, 28 fev (Lusa) - O Tribunal de Estarreja condenou hoje, em cúmulo jurídico, a três anos de prisão, com pena suspensa, um homem que estava acusado de esfaquear o "pai adotivo" e dois militares da GNR.
O coletivo de juízes deu como provado os crimes de ofensa à integridade física qualificada na forma tentada, ofensa à integridade física qualificada na forma consumada e resistência e coação de que o arguido vinha acusado.
A execução da pena foi suspensa por três anos, período durante o qual o homem, de 39 anos, tem de frequentar um programa de tratamento de alcoolismo.
O arguido foi ainda condenado a pagar 500 euros de indemnização a cada um dos militares agredidos, além das despesas com os tratamentos médicos.
Após a leitura do acórdão, a juíza presidente chamou a atenção para o comportamento do arguido, afirmando que "agredir um militar é mais grave do que uma pessoa comum e é muito censurável".
A magistrada considerou também censurável a agressão ao homem, de 77 anos, que acolheu e criou o arguido desde criança, adiantando que essa atitude "devia ser geradora de gratidão".
Durante o julgamento, o arguido disse que não se lembrava das agressões e justificou os seus atos por se encontrar alcoolizado.
Segundo a acusação, a agressão ao "pai adotivo" ocorreu em setembro de 2012.
O arguido aproximou-se do idoso que se encontrava à porta de casa a conversar com uma amiga e sem qualquer explicação atacou-o com uma faca.
A vítima teve de receber tratamento médico no hospital de Aveiro.
Em dezembro de 2011, o arguido teve uma atitude semelhante com dois militares da GNR, que sofreram pequenos golpes.
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