Água de Oliveira de Azeméis passa no sábado a ser distribuída pela Indáqua

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Porto Canal / Agências

Oliveira de Azeméis, 27 fev (lusa) - A água de Oliveira de Azeméis passa este sábado a ser distribuída pela Indáqua, numa concessão que a autarquia considera a melhor forma de garantir os 60 milhões de euros necessários para uma cobertura de 90% no concelho.

A concessão, por um prazo de 30 anos, abrange os serviços de água e saneamento e implicará algumas alterações nos tarifários em vigor, entre as quais um aumento de preço nos escalões de consumo mais baixos e uma descida nos clientes empresariais e industriais.

Hermínio Loureiro, presidente da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis, garante à Lusa que essa é a solução para "recuperar o tempo perdido e os atrasos na implementação das redes de água e saneamento, com o objetivo de, em seis anos, se atingirem os 90% de cobertura que são meta do PEAASAR [Plano Estratégico de Abastecimento de Água e de Saneamento de Águas Residuais]".

Para o autarca, a concessão permite "que a Indáqua invista uma parte e que a outra porção seja obtida através de candidaturas aos fundos comunitários", do que resulta já, "no imediato, o arranque da construção de uma nova ETAR de sete milhões de euros na zona sul do concelho, numa localização a definir entre Travanca, Ul e Macinhata da Seixa".

Considerando que a atual taxa de saneamento é de apenas 40% e que só 22% da respetiva recolha recebe efetivo tratamento, Hermínio Loureiro afirma que o investimento da Indáqua irá "resolver o grande problema dos esgotos que correm em situações que não são as que a lei permite".

"Só com isso, vão ser mais umas 28.000 pessoas que passam a ter águas tratadas", realça o autarca.

Quanto à mudança que a concessão implicará na fatura final a apresentar aos munícipes, o presidente da Câmara assegura que, "realisticamente, os novos preços são socialmente comportáveis" e que "a Indáqua não poderá nunca fazer os aumentos que lhe apetece", porque o município vai controlar o tarifário.

"Se a Águas do Douro e Paiva, que abastece a rede em alta, aumentar o preço que cobra à Indáqua, claro que essa vai ter que o repercutir no preço que faz ao consumidor", admite Hermínio Loureiro, assegurando, contudo, que "o aumento nunca pode ser superior à taxa da inflação e tem que passar sempre pelo aval da Câmara".

Das faturas enviadas para o domicílio dos clientes passará a constar a taxa de recursos hídricos, que, até aqui, vinha sendo suportada pela autarquia. "Só, em 2013, isso representou 58.000 euros que foi a Câmara a pagar, quando, segundo a legislação, esse valor devia ter sido sempre assumido pelo consumidor final", explica o autarca.

"Agora passa a ser suportada pelos utentes, mas vai-se repercutir em apenas alguns cêntimos a cada um", disse.

Em contrapartida, os munícipes deixarão de ter custos com o ramal de ligação individual à rede de saneamento.

"Esses ramais vão ser gratuitos em Oliveira de Azeméis, enquanto outros concelhos, por exemplo, cobram por isso umas largas centenas de euros", nota Hermínio Loureiro.

Numa família que não tenha acesso a rede de saneamento e consuma sete metros cúbicos de água por mês, a conta que até aqui era de 7,98 euros passará a ser de 8,19. No caso de uma família que, com o mesmo consumo, já disponha de saneamento, a fatura muda de 12,75 para 15,52 euros - numa alteração recomendada pela ERSAR - Entidade Reguladora dos Serviços de Água e Resíduos.

Já no caso das empresas de comércio e serviços, uma conta de 20 metros cúbicos de água diminuirá de 74,18 para 67,83 euros. E especificamente na área da indústria, uma fatura de 100 metros cúbicos ver-se-á reduzida de 510,69 para 305,82 euros.

AYC // JAP

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