Ordem dos Médicos diz que situação das maternidades "é muito mais grave" do que tem sido falado

Ordem dos Médicos diz que situação das maternidades "é muito mais grave" do que tem sido falado
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Porto Canal com Lusa

O bastonário da Ordem dos Médicos (OM) disse hoje que a situação das maternidades é "muito mais grave e complexa" do que tem vindo a ser falado e defendeu uma política de contratação pública para reter os especialistas.

"A situação é muito mais grave e mais complexa do que aquilo que tem vindo a ser falado. Todas as maternidades têm dificuldades, quase todas dependem da contratação externa para poderem assegurar os turnos de serviço de urgência, o apoio ao bloco de partos, etc", disse Miguel Guimarães no final de uma reunião com os diretores clínicos e de serviço de Ginecologia/Obstetrícia e de Neonatologia de toda a zona Sul do país.

Segundo o bastonário da OM, todas as maternidades estão com "imensas dificuldades" e com "uma falta de especialistas grande".

Miguel Guimarães apontou como exemplo as maternidades dos hospitais de Faro, onde faltam nove especialistas, de Portimão, onde faltam 11, do Amadora-Sintra onde são precisos nove, do Santa Maria, em Lisboa, onde são necessários sete especialistas, e do Hospital São Francisco Xavier, onde faltam 16.

No total, são necessários em todo o país 150 especialistas em ginecologia e obstetrícia, dos quais 125 na região sul.

Como resposta imediata para o problema, Miguel Guimarães defendeu "uma política de contratação pública que funcione da mesma forma que funciona a contratação externa, seja para os médicos especialistas tarefeiros seja para os médicos do próprio hospital que poderão fazer mais horas extraordinárias, mas remuneradas de forma diferente".

A reunião foi pedida na sequência do eventual fecho rotativo das urgências de obstetrícia de obstetrícia de quatro dos maiores hospitais de Lisboa.

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