Tribunal de Contas recusou vistos prévios no valor de 1,85 mil milhões de euros em 2012

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 13 jun (Lusa) - O Tribunal de Contas (TdC) recusou o visto prévio a atos e contratos públicos no valor de 1,85 mil milhões de euros em 2012, uma subida face à recusa de 318,6 milhões de euros em 2011.

De acordo com o Relatório de Atividades do tribunal, hoje divulgado, foi impedida "a realização da totalidade ou parte" dos 1,85 mil milhões por se encontrarem "em desconformidade com a lei aplicável".

Contudo, assinala o TdC, "excluído o valor muito elevado de um único contrato", os 1,66 mil milhões do "contrato de parceria público-privada do troço da rede de Alta Velocidade Poceirão-Caia", o montante das recusas "seria de apenas 4% do total da despesa controlada".

O visto foi recusado a 37 processos, representando 38,6% do valor total objeto de fiscalização prévia.

O TdC realça também que em 2012 houve um controlo prévio de 1.721 atos, contratos e outros instrumentos geradores de encargos, remetidos por 712 entidades e envolvendo uma despesa de 4,80 mil milhões de euros.

Para além do visto prévio, o TdC ainda fiscaliza contratos em curso (controlo concomitante) e contas de processos já concluídos (controlo sucessivo).

Neste último caso, o Tribunal assinala que foram detetadas irregularidades afetando 23,638 mil milhões de euros, em virtude de situações "muito diversas".

A entidade salienta, pelo seu valor mais elevado, receitas orçamentais e extraorçamentais por registar na Conta Geral do Estado (CGE), receitas e despesas do Estado relativas a passivos financeiros constantes da CGE de 2011 subavaliadas, fundos de empresas públicas fora do Tesouro, violação do limite de endividamento e o incumprimento da obrigação de reporte de encargos assumidos e encargos assumidos e não pagos na Região Autónoma da Madeira.

Ainda no controlo sucessivo, foram concluídas 75 auditorias, incluindo 3 verificações externas de contas.

A partir do final de 2011, o TdC passou a poder fiscalizar os contratos de "empresas públicas estaduais, municipais e regionais".

No que refere a recursos humanos, o TdC dispunha, no final de 2012, de 19 juízes conselheiros e os seus serviços de apoio de 529 funcionários.

O orçamento inicial do Tribunal para 2012 foi de 22,11 milhões de euros, 15,40 dos quais a financiar pelo Orçamento do Estado e 6,70 a financiar pelos Cofres do Tribunal.

Um total de 88,3% dos gastos foram relativos a despesas com pessoal, diz o relatório de atividades.

PPF // VC

Lusa/Fim

+ notícias: Economia

Bruxelas elogia cortes "permanentes de despesa" anunciados pelo Governo

A Comissão Europeia saudou hoje o facto de as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro se basearem em "reduções permanentes de despesa" e destacou a importância de existir um "forte compromisso" do Governo na concretização do programa de ajustamento.

Bruxelas promete trabalhar "intensamente" para conluir 7.ª avaliação

Bruxelas, 06 mai (Lusa) -- A Comissão Europeia está empenhada em trabalhar "intensamente" para terminar a sétima avaliação à aplicação do programa de resgate português antes das reuniões do Eurogrupo e do Ecofin da próxima semana, mas não se compromete com uma data.

Euribor sobe a três meses e mantém-se no prazo de seis meses

Lisboa, 06 mai (Lusa) -- A Euribor subiu hoje a três meses, manteve-se inalterada a seis meses e desceu a nove e 12 meses, face aos valores fixados na sexta-feira.