Presidente da Câmara de Nelas reclama três médicos para Canas de Senhorim

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Porto Canal / Agências

Nelas, 25 fev (Lusa) -- O presidente da Câmara de Nelas defendeu hoje que o posto médico de Canas de Senhorim deve ter "um quadro mínimo de três clínicos" para fazer face ao número de utentes e à especificidade da população.

José Borges da Silva explica, em comunicado, que a Câmara teve conhecimento, em fevereiro, de que aquele posto "dispunha de apenas um médico, em virtude da reforma de um dos dois médicos que tinha".

Neste âmbito, desencadeou "procedimentos urgentes para se informar e agir para ultrapassar esta inaceitável situação que coloca em risco uma significativa parte da população do concelho", acrescenta.

Borges da Silva contou que teve uma reunião com o diretor do posto médico para se inteirar da situação e outra com os presidentes das Juntas de Freguesia de Canas de Senhorim e de Lapa do Lobo, tendo ficado decidido pedir uma audiência ao diretor executivo do Agrupamento de Centros de Saúde de Dão-Lafões, Marques Neves.

Segundo o autarca, nessa reunião foi transmitida a Marques Neves "a enorme preocupação com a situação que se vive no posto médico de Canas de Senhorim", tendo sido dada a informação de que "não existiam médicos disponíveis para colocar em permanência e que a questão só seria resolvida no mês de abril".

"A Câmara de Nelas e as Juntas de Freguesia consideram imprescindível que rapidamente a situação seja alterada e que aquele posto seja dotado não de dois médicos mas de um quadro mínimo de três clínicos, para fazer face aos mais de quatro mil utentes inscritos e a uma população de mais de cinco mil pessoas", sublinha Borges da Silva.

O autarca lembra que a população tem "especificidades que recomendariam um acompanhamento mais próximo e atento, como é o caso dos ex-trabalhadores das minas da Urgeiriça".

Contactado pela agência Lusa, Marques Neves explicou que está prevista a colocação de "um clínico em regime de 40 horas" no posto de Canas de Senhorim, uma situação que deverá ficar resolvida em abril.

No entanto, segundo o responsável, "não são necessários três clínicos" neste posto médico.

"Nestes últimos anos sempre foram dois médicos e nunca houve qualquer tipo de problema", afirmou, explicando que a reforma de um deles é que "criou alguns problemas", por não haver capacidade de substituição imediata.

Marques Neves disse que o posto médico tem cerca de quatro mil utentes inscritos e que, "como neste momento dois médicos garantem uma população mínima de cerca 3.800 pessoas, não se ia lá colocar um médico para 200 pessoas".

Ainda que a população possa ser de cinco mil pessoas, como refere o presidente da Câmara, Marques Neves explicou que "há muitas pessoas inscritas na USF (Unidade de Saúde Familiar) Estrela Dão" e também "pessoas que têm atendimento noutras unidades de concelhos vizinhos", por vontade própria.

AMF // SSS

Lusa/fim

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