PS defende que Governo conseguiu redução de 40 ME de taxas moderadoras

| Política
Porto Canal com Lusa

Lisboa, 14 jun 2019 (Lusa) -- O PS defendeu hoje que este Governo promoveu uma redução de cerca de 40 milhões de euros em pagamentos de taxas moderadoras desde 2015 e garantiu que se pretende continuar a reduzir esse valor.

No debate parlamentar sobre o fim de taxas moderadoras nos centros de saúde promovido pelo Bloco de Esquerda, a deputada socialista Jamila Madeira considera que o caminho da redução de taxas já está a ser feito.

"Em toda a gestão do executivo esta medida avançou e resultou numa redução de cerca de 40 milhões nas taxas moderadoras entre 2015 e hoje", afirmou, quer por via da redução do valor das taxas quer por alargamento de isenção do pagamento de taxas moderadoras.

Jamila Madeira indicou que as taxas moderadoras representam 2% do orçamento do Serviço Nacional de Saúde: "Queremos que continue a reduzir este valor e já reduzimos em 40 milhões de euros desde 2015".

O PS recordou ainda ao Bloco de Esquerda que já havia proposta, no âmbito da discussão da nova Lei de Bases de Saúde, uma medida para acabar com as taxas moderadoras nos cuidados de saúde primários.

Contudo, para o Bloco de Esquerda, a proposta do PS remetia para legislação posterior a aplicação desta medida. O deputado bloquista Moisés Ferreira considera que o Bloco está agora precisamente a apresentar um projeto de lei que concretiza essa medida.

O plenário parlamentar está hoje a debater o projeto de lei do Bloco de Esquerda para acabar com as taxas moderadoras nos centros de saúde e em consultas ou exames prescritos por profissionais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

O BE pretende que "deixem de existir taxas moderadoras nos cuidados de saúde primários e em todas as consultas e prestações de saúde que sejam prescritas por profissional de saúde e cuja origem de referenciação seja o SNS".

"Temos de ter uma política mais virada para a prevenção da doença e promoção da saúde, para o acesso aos cuidados de saúde primários e para o acompanhamento pelo médico de família. Para privilegiar esta política, não deve haver nenhum tipo de barreira de acesso aos cuidados de saúde primários", argumentou o deputado Moisés Ferreira, em declarações à agência Lusa antes do início do debate.

O deputado entende igualmente que não faz sentido cobrar taxas moderadoras para consultas e outras prestações de saúde que são prescritas por profissionais do SNS, considerando que estas taxas acabam por ser "copagamentos encapotados".

O objetivo dos bloquistas é o fim das taxas moderadoras e a gratuitidade no acesso aos cuidados e consideram que este é "um passo nessa direção".

Assim, no texto que será hoje discutido e votado no plenário parlamentar, o Bloco propõe a "dispensa de cobrança de taxas moderadoras" no atendimento, consultas e outras prestações de saúde no âmbito dos cuidados de saúde primários, bem como em "consultas, atos complementares prescritos e outras prestações de saúde, se a origem de referenciação para estas for o Serviço Nacional de Saúde".

Na exposição de motivos do projeto de lei, o Bloco recorda que, após negociações com o Governo, foram apresentadas propostas no sentido de acabar com as taxas moderadoras nas duas situações em sede de discussão da nova Lei de Bases da Saúde.

"Outro objetivo é garantir que esta matéria em torno das taxas moderadoras é aprovada já nesta legislatura. É uma matéria que tem sido debatida no âmbito de uma nova Lei de Bases e chegou a constar do acordo que o PS depois não cumpriu e chegou a constar do debate na especialidade", refere Moisés Ferreira.

O deputado recorda que o PS chegou a ter uma proposta "com uma redação similar" à do Bloco, mas que remetia a sua efetivação para legislação posterior.

ARP // SB

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