Guaidó diz que reabertura de fronteira com Colômbia se deveu à pressão dos cidadãos

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Porto Canal com Lusa

Caracas, 09 jun 2019 (Lusa) -- O líder do parlamento venezuelano, reconhecido como Presidente interino por mais de 50 países, defendeu este sábado que o Governo de Nicolás Maduro ordenou a reabertura da fronteira com a Colômbia devido à pressão dos cidadãos.

Pela "pressão dos cidadãos [porque] há uma necessidade latente em todo o país", disse Guaidó aos jornalistas, ao ser questionado sobre a medida que o executivo de Maduro anunciou na quinta-feira, e que entrou em vigor esta sexta-feira, reativando a passagem pedonal entre o estado venezuelano de Táchira e o colombiano Norte de Santander, encerrada há quatro meses.

O líder da Assembleia Nacional venezuelana, que visitava bairros perto da capital, Caracas, afirmou que, à medida que se acentuou a crise económica no país, cada vez mais venezuelanos começaram a atravessar a fronteira diariamente para ir buscar alimentos ou medicamentos que escasseavam no seu país, "devido à corrupção", ou mesmo para emigrar.

Milhares de venezuelanos aproveitaram este sábado a reabertura da fronteira precisamente para procurar esses bens, fazendo longas filas nas duas pontes internacionais perto da cidade de Cucuta enquanto aguardavam que oficiais colombianos verificassem os seus documentos, ao mesmo tempo que guardas fronteiriços venezuelanos ajudavam a controlar a multidão.

A crise política no país agravou-se em 23 de janeiro, quando o opositor Juan Guaidó jurou assumir as funções de Presidente interino, e prometeu formar um Governo de transição e organizar eleições livres.

Na madrugada de 30 de abril, um grupo de militares manifestou apoio a Guaidó, que pediu à população para sair à rua e exigir uma mudança de regime, mas não houve desenvolvimentos na situação até ao momento.

Nicolás Maduro, de 56 anos e no poder desde 2013, denunciou as iniciativas do presidente do parlamento como uma tentativa de golpe de Estado liderado por Washington.

À crise política na Venezuela soma-se uma grave crise económica e social, que já levou cerca de quatro milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, de acordo com dados das Nações Unidas.

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