PSD diz que valorização salarial deve ser para toda a área marítima da Soflusa

| Política
Porto Canal com Lusa

Barreiro, Setúbal, 07 jun 2019 (Lusa) -- O vice-presidente do grupo parlamentar do PSD, Emídio Guerreiro, defendeu hoje que a valorização salarial deve ser atribuída a todos os trabalhadores da área marítima da Soflusa, empresa de transporte fluvial entre o Barreiro e Lisboa.

"Espero que o bom senso prevaleça e que, na terça-feira, o Governo chegue a acordo com os sindicatos com uma resposta positiva àquilo que me parece que é óbvio. Num barco temos mestres, marinheiros e maquinistas e, se há um acerto salarial, tem que ser para as três categorias e não só para uma", disse à Lusa Emídio Guerreiro.

O vice-presidente do grupo parlamentar do PSD falava após uma reunião com a administração da Soflusa e as estruturas sindicais representativas dos trabalhadores da área marítima, que estão descontentes com a decisão do Governo, anunciada em 31 de maio, de atribuir um prémio aos mestres da empresa.

Na visão do PSD, esta solução criou uma "sensação de desigualdade", levando marinheiros e maquinistas a convocar uma greve parcial, de duas horas por turno, a partir da próxima quarta-feira, dia 12 de junho.

Na terça-feira, os sindicatos e a administração da Soflusa vão reunir-se com o Ministério do Ambiente para se iniciarem as negociações de revisão salarial, mas o Sindicato da Marinha Mercante, Indústrias e Energia (Sitemaq) afirmou à Lusa que a greve pode agravar-se caso a "justiça salarial" não seja reposta.

Segundo o sindicalista Alexandre Delgado, a paralisação pode aumentar para três horas por turno e estender-se "por tempo indeterminado", além de estarem a equacionar greve às horas extraordinárias e paralisações de 24 horas.

Neste sentido, Emídio Guerreiro também defendeu que é necessário mais investimento nas empresas de transporte fluvial, incluindo a celebração de "um contrato de serviço público".

"O último foi efetuado em 2014 e até hoje ainda não se assinou um novo contrato de serviço público, o que criou ainda mais dificuldades à empresa, que está muito atada com aquilo que são as autorizações do Governo", explicou.

Segundo o social-democrata, os níveis de investimento do Governo socialista não chegam aos efetuados em 2015, mas "quase dois milhões de euros" fariam "toda a diferença nos serviços públicos, onde os transportes fluviais estão incluídos".

DYBS // MCL

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