Alunos de Ponte de Lima em greve face a atraso de três anos em obra na Secundária

| Norte
Porto Canal / Agências

Os alunos da Escola Secundária de Ponte de Lima (ESPL) estão hoje em greve às aulas em protesto contra o atraso nas obras de reabilitação do estabelecimento, iniciadas há três anos mas que só deverão terminar em 2016.

"Devia ter ficado tudo pronto em 2012 mas agora, o que nos dizem, é que na melhor das hipóteses só em 2016. Até lá continuamos em monoblocos, sem condições, e já vamos em duas gerações de alunos que fazem o seu percurso no secundário sem ter uma escola", insurgiu-se à Lusa o presidente da Associação de Estudantes da ESPL, Hugo Pereira.

Aquela escola, a única secundária do concelho de Ponte de Lima, é frequentada por 1.200 alunos e várias centenas estão concentrados desde as primeiras horas da manhã no exterior, debaixo de chuva, lançando gritos de protesto e empunhando cartazes.

"Só nos monoblocos estamos a falar de 16 salas de aulas há três anos. São mais de duzentos alunos que têm aulas sem condições, em espaços com infiltrações de água, com problemas de qualidade do ar e acústicos, entre outros", explicou ainda.

Na origem do "protesto espontâneo" de hoje, o primeiro promovido nos últimos três anos, com os alunos a recusarem-se a frequentar as aulas, está o impasse nas obras de reabilitação da escola, lançadas em março de 2011 pela Parque Escolar e cuja previsão inicial apontava a sua conclusão para outubro de 2012.

"Os alunos foram divididos por quatro espaços diferentes mas as obras não chegaram a terminar. Pararam, pelo que sabemos, devido a problemas entre o empreiteiro e a Parque Escolar. No cenário mais otimista parece que só estarão prontas em 2016", apontou ainda o porta-voz dos estudantes.

A atividade escolar tem vindo a decorrer nos últimos anos numa parte do edifício da escola secundária, em vários monoblocos, numa área da antiga Escola Básica de Ponte de Lima e no pavilhão municipal.

"Não dá para aguentar mais esta situação. Alguma coisa tem de ser feita, não podemos esperar mais dois anos pelas obras", afirma Hugo Pereira.

Fonte da associação de pais e encarregados de educação daquela escola confirmou à Lusa, igualmente, a "situação precária" que se vive na Secundária de Ponte de Lima. Nomeadamente pela "falta de segurança" dos alunos nas "constantes deslocações" entre os vários espaços provisórios, a "degradação dos monoblocos" - uma "alternativa viável para pouco mais de um ano" - e a degradação do edifício da escola, "que começa a acusar o peso dos anos e a falta de obras de manutenção".

Os pais querem ainda ver cumprida a promessa da Parque Escolar, de realizar obras na escola básica, para melhorar aquele espaço alternativo a partir do terceiro período, que ainda assim não é suficiente para acomodar todos os alunos.

"Se o prazo não for respeitado iremos, juntamente com a associação de estudantes, adotar formas de reivindicação mais drásticas", avisam.

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