Combustíveis: Turismo rural pode perder 40% das reservas na Páscoa devido à greve
Porto Canal com Lusa
Lisboa, 17 abr 2019 -- A Associação de Hotéis Rurais de Portugal considera que a greve dos motoristas de matérias perigosas pode ser um problema grave para o turismo rural, admitindo que pode levar a 40% de cancelamento de reservas na Páscoa.
"De hoje para amanhã tudo pode mudar e podemos ter entre 30 a 40% de cancelamentos", frisou o gestor de projetos da associação, Pedro Carvalho.
Em declarações à agência Lusa, o responsável explicou que, apesar de esperar uma taxa de ocupação de cerca de 85%, poderá haver cancelamentos na ordem de 40%, admitindo que "é muito difícil contabilizar os prejuízos" que a greve dos motoristas poderá causar no setor.
"A situação da greve tem sido mencionada pela maioria dos nossos associados como um problema grave", realçou.
De acordo com Pedro Carvalho, a greve acaba por prejudicar as reservas porque os turistas, principalmente os portugueses, reservam muito tarde.
"Esta greve acaba por dificultar ainda mais as reservas tardias. Não temos a menor dúvida de que as pessoas que estavam indecisas, provavelmente já não vão reservar. Acaba por ser muito mau para o turismo em espaço rural porque o mercado nacional é o maior", adiantou.
Para a Associação de Hotéis Rurais de Portugal, o turismo rural não tem crescido como o geral, devido à meteorologia.
"O turismo tem crescido de uma forma geral. Mas o aumento do turismo em espaço rural não tem acompanhado a tendência", considerou Pedro Carvalho.
Segundo a associação, o norte e o centro são as regiões mais procuradas.
"Na altura da Páscoa [a procura] rondará os 90%. Um bocadinho acima daquilo que está previsto a nível nacional", disse Pedro Carvalho, referindo que o Algarve é a região que não tem tanta procura, "talvez pela distância ou pela greve".
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