Desvalorização cambial reduz faturação da Visabeira em Angola e Moçambique
Porto Canal com Lusa
Lisboa, 17 abr 2019 (Lusa) - O volume de negócios do grupo Visabeira em Angola e Moçambique atingiu 102 milhões de euros no ano passado, uma descida de cerca de 20% face a 2017, devido à "forte desvalorização cambial", disse à Lusa o presidente executivo.
"Foram duas geografias em que nós, em moeda local, crescemos. A nossa atividade cresceu nesses dois países, quer em Angola, quer em Moçambique", afirmou Nuno Marques.
No entanto, "Angola teve claramente uma fortíssima desvalorização cambial", que quando transposta para o euro levou a uma redução do volume de negócios, explicou o gestor.
No mercado africano, Angola e Moçambique representaram 102 milhões de euros, 13,5% do total do volume de negócios do grupo Visabeira (745 milhões de euros).
Angola e Moçambique "são geografias que já conhecemos, mercados onde já estamos presentes há 30 anos e onde continuaremos a estar presentes", salientou.
"Temos a certeza absoluta que são mercados que, apesar de terem passado por momentos cuja economia tem sido difícil, vão crescer também nos próximos anos", sublinhou Nuno Marques.
No mercado de Angola, o grupo tem o foco nas telecomunicações, enquanto que em Moçambique as áreas de atividade, além das telecomunicações, incluem a construção, energia e turismo.
No ano passado, o lucro do grupo Visabeira subiu 2,6% para 51,4 milhões de euros, com o volume de negócios a crescer 16,8% para 745 milhões de euros.
O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) cresceu 14,8% para 142 milhões de euros.
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