Combustíveis: Armadores das Pescas preocupados com impactos caso a situação se mantenha
Porto Canal com Lusa
Lisboa, 16 abr 2019 (Lusa) -- O presidente da Associação dos Armadores das Pescas Industriais (ADAPI) afirmou hoje que está preocupado com a falta de combustíveis, referindo que caso a situação se mantenha nos próximos dias, os navios podem não ter autonomia para sair.
"Vejo esta situação com muita preocupação e, se não se resolver em breve, os navios não têm autonomia para sair", disse Pedro Jorge Silva, em declarações à agência Lusa, explicando que não têm informações de nenhum caso que já tenha sido impedido de sair devido à falta de combustível.
O presidente da ADAPI salientou que a situação deve ser resolvida o "mais rápido possível".
"Apesar de os navios terem reservas com algum significado, e que dão alguma folga para alguns dias, a situação pode tornar-se muito complicada. Caso se venha a prolongar, pode originar uma situação muito grave para o setor da pesca, e não só", salientou.
A greve nacional dos motoristas de matérias perigosas, que começou às 00:00 de segunda-feira, foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica.
Após a requisição civil, os militares da GNR mantiveram-se de prevenção em vários pontos do país para que os camiões com combustível pudessem abastecer e sair dos parques sem afetarem a circulação rodoviária.
Gerou-se a corrida aos postos de abastecimento de combustíveis, provocando congestionamento nas vias de trânsito.
A greve deixou o aeroporto de Faro sem ser abastecido desde segunda-feira e o de Lisboa desde hoje, com a ANA a admitir "disrupções operacionais".
O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) apelou aos cidadãos para que deem prioridade aos veículos de emergência médica nos postos de abastecimento, explicando que todas as viaturas foram atestadas de manhã.
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