Metro de Lisboa impede entrada de convidados, trabalhadores reúnem-se à porta

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Porto Canal com Lusa

Lisboa, 16 abr 2019 (Lusa) - Os trabalhadores do Metropolitano de Lisboa reuniram-se esta manhã à porta das instalações da empresa em Carnide, depois de a administração ter impedido a entrada de representantes do PCP e do PAN, convidados para a reunião.

As organizações representativas dos trabalhadores (ORT) do Metropolitano de Lisboa agendaram para hoje uma reunião, na qual convidavam a estar presentes os partidos com assento parlamentar, a fim de explicarem que a empresa "não está verdadeiramente empenhada" em aplicar aquilo que consideram como "medidas essenciais", face ao aumento de utentes, na sequência dos novos passes sociais.

O porta-voz da comissão de trabalhadores, Paulo Alves, avançou à Lusa que os trabalhadores defendem algumas medidas para que a empresa se adapte ao novo quadro de mobilidade que foi aprovado, e começou a funcionar em 01 de abril, "no sentido de dar a melhor resposta".

"A empresa não está a conseguir adaptar-se no sentido de dar a melhor resposta e defendemos que a deve dar, e rapidamente, contando com os trabalhadores hoje assim como contou no passado", frisou Paulo Alves.

Para o porta-voz da comissão de trabalhadores, algumas medidas apontadas durante a reunião em que participaram o deputado do PCP, Bruno Dias, e Nelson Silva, em representação do deputado do PAN André Silva, passam pelo reforço do aumento de trabalhadores nas estações e o aumento da velocidade circulante.

Paulo Alves frisou que as ORT e os vários sindicatos não defendem "um aumento exponencial", mas um aumento que consideram "necessário para garantir que cada estação tem um trabalhador e que os comboios que têm disponíveis estão todos a circular e ao serviço dos utentes".

"Defendemos que é possível e necessário aumentar o número de quilómetros, já que o material circulante tem capacidade para funcionar a 60 km/hora, porque permite aumentar o número de circulações de modo significativo, pois sabemos que não podemos ir ao mercado buscar um comboio para o pôr a circular amanhã, não é possível", explicou.

O responsável lembrou que o metropolitano sempre funcionou a 60 km/hora, mas que, há alguns anos, "por medidas internas de gestão da empresa, deixou de funcionar e passou para 45 km/hora".

Paulo Alves lembrou que administração da empresa pode contar com os trabalhadores para colocar em prática estas medidas, recordando o que se passou quando faltaram bilhetes no passado e os trabalhadores foram mobilizados para trabalhar ou a situação dos 'bogies' (espécie de chassis do comboio), em que tiveram de trabalhar, durante mais de um ano, aos sábados só com uma folga por semana.

RCP // MCL

Lusa/fim

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