Kim defende autossuficiência para combater sanções internacionais
Porto Canal com Lusa
Seul, 11 abr 2019 (Lusa) - O líder da Coreia do Norte defendeu o reforço da autossuficiência para combater as sanções internacionais, na sequência do fracasso da cimeira com o Presidente dos EUA, noticiou hoje a imprensa oficial norte-coreana.
Na quarta-feira, Kim Jong-un convocou uma reunião plenária do comité central do Partido dos Trabalhadores, no poder, para debater as "atuais tensões".
"Devemos levantar a bandeira do desenvolvimento da economia socialista de forma consistente e, dessa forma, dar um golpe naqueles instalados no erro de acreditar que podem pôr de joelhos [a Coreia do Norte] com sanções", disse Kim durante a reunião, de acordo com a agência de notícias oficial norte-coreana KCNA.
A "nova linha estratégica" foi definida, há cerca de um ano, por Kim como "a construção económica socialista", acrescentando que o desenvolvimento dos programas nuclear e de mísseis es do país estavam concluídos.
Este encontro do comité central decorreu depois do fracasso da segunda cimeira, no final de fevereiro passado, em Hanoi, entre Kim e o Presidente norte-americano, Donald Trump.
Trump e Kim reuniram-se pela primeira vez em junho de 2018, em Singapura, onde assinaram uma declaração vaga sobre a "desnuclearização da península coreana".
Em Hanoi, Kim Jong-un reclamou o fim das sanções económicas aplicadas a Pyongyang pela ONU, na sequência de vários testes nucleares e de mísseis. O encontro terminou sem um acordo sobre a desnuclearização, necessária para diminuir as sanções contra o regime.
As declarações de Kim foram divulgadas no mesmo dia em que o Presidente sul-coreano, Moon Jae-in, e Trump se reúnem em Washington.
Seul e Washington concordam com a necessidade de retomar o diálogo, mas aparentemente divergem na forma de encorajar Pyongyang a implementar progressos reais no processo de desnuclearização, com Moon mais favorável a recompensar progressivamente os avanços do regime norte-coreano.
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