Bombeiros Voluntários Portuenses já liquidaram parte dos salários em atraso

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Porto Canal com Lusa

Porto, 10 abr 2019 (Lusa) - A Associação Humanitária dos Voluntários Portuenses já liquidou "parte dos salários em atraso e fez acordos de pagamentos com uma série de empresas a quem devia dinheiro", revelou a presidente daquela entidade à agência Lusa.

"Este ano conseguimos pagar 47 mil euros de salários em atraso e faltam 1.500 euros que vamos tentar pagar no final do mês aos trabalhadores", explicou Maria João Martinho, que assumiu a direção dos Voluntários Portuenses em maio de 2017.

A presidente afirma que a Associação Humanitária dos Voluntários Portuenses "liquidou parte dos salários em atraso e fez acordos de pagamentos com uma série de empresas a quem devia muito dinheiro, cerca de 100 mil euros". "As contas estão melhores, não estão bem, mas estão melhores", disse.

"Nós temos que equipar homens, gerir as viaturas e comprar os equipamentos de proteção individual, e tudo isso são gastos enormes que nós conseguimos gerir ao cêntimo. Só com essa gestão é que revertemos a situação que os Voluntários Portuenses atravessavam quando eu assumi a direção, em maio de 2017", explicou.

Maria João Martinho explica que a corporação "esteve muitos meses com salários em atraso, aproximadamente até fevereiro de 2018", mas garante que "não havia má gestão na equipa de direção anterior".

"Diminuímos o número de assalariados, também porque as pessoas acabaram por sair. Não conseguiram aguentar o facto de terem os salários em atraso, pelo que fizemos acordos com as pessoas que queriam afastar-se. Outros conseguiram ficar e não se foram embora, o que é extraordinário", disse.

Maria João Martinho admitiu que "as dificuldades continuam porque o orçamento é extremamente limitado".

No ano passado, os Voluntários Portuenses não tiveram apoio da Câmara Municipal do Porto, mas este ano "foi assinado um protocolo com a Câmara" e vão receber "20 mil euros anuais", explicou a presidente à agência Lusa.

"A corporação, no período em que não recebeu salário, estava muito revoltada, muito frustrada, muito desmotivada. Os nossos trabalhadores não acreditaram que nós íamos efetivamente pagar todos os meses um bocadinho dos salários em atraso", admitiu.

A presidente dos Voluntários Portuenses revelou ainda que a associação tem alguns planos para aproximar a comunidade e atrair fundos.

"O quartel estava completamente fechado à comunidade e precisamos urgentemente de atrair mais voluntários", disse.

Entre as atividades planeadas está a de "montar, até ao verão, uma parede de escalada", "abrir uma escola de infantes e cadetes, ou seja, crianças dos seis aos 17 anos que vêm pelo menos uma vez por semana frequentar as atividades associadas aos bombeiros" e a "criação de um núcleo educativo para aproveitar o espólio que o quartel possui", referiu.

O grande objetivo dos Voluntários Portuenses é, neste momento, "manter a corporação de bombeiros com um bom nível de prestação e não esquecer que têm uma missão que é salvar pessoas e prestar o socorro à cidade do Porto", afirmou Maria João Martinho.

Em setembro de 2017, a presidente tinha dito à Lusa que a associação atravessava "graves dificuldades financeiras" devido "ao passivo e a créditos herdados de anteriores direções" e que sem ajuda corria "o risco de fechar".

LZMA // MSP

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