Viana do Castelo, 12 jun (Lusa) - A inauguração do Centro Cultural de Viana do Castelo (ex-coliseu), obra de 13,1 milhões de euros, sofreu novo atraso e já não acontecerá este mês, contrariando previsão anterior, mas apenas em julho, confirmou hoje o autarca local.

A inauguração do equipamento, desenhado pelo arquiteto Eduardo Souto Moura e com capacidade máxima para 4.000 pessoas, foi anunciada pelo presidente da Câmara de Viana do Castelo, anteriormente, para julho e depois para dezembro de 2012.

Segundo José Maria Costa, as condições climatéricas "atrasaram" mais uma vez a obra dos arranjos exteriores do equipamento, avaliada em mais de 1,1 milhões de euros e que deveria estar concluída na primavera, segundo a calendarização feita no início de 2013.

Contudo, um novo atraso nestas obras na envolvente do edifício levou a autarquia a projetar a abertura do equipamento para o mês de junho, procurando associar a inauguração às comemorações dos 755 anos da atribuição do foral a Viana do Castelo.

"Infelizmente o mau tempo, a chuva, tem vindo atrasar os arranjos exteriores. Pensamos poder abrir até à primeira semana julho, já não será a 18 de junho", admitiu agora o autarca José Maria Costa.

Estes atrasos nas obras exteriores "condicionam" a conclusão do edifício, nomeadamente pela dificuldade na instalação de equipamentos no interior, que já estão em fase de conclusão e licenciamento. Os trabalhos na envolvente preveem novos acessos pedonais e rodoviários, uma zona relvada e arbórea, além do prolongamento, para a foz, das escadarias de acesso ao rio Lima e o aparcamento específico para autocarros e ligeiros.

"Temos tido um ano bastante pluvioso. Mas a abertura terá que ser na primeira semana de julho até porque já temos algumas atividades programadas e terá de ser nessa altura", apontou ainda o autarca.

Lançada em 2007, esta obra, inicialmente denominada de "Pavilhão Multiusos", já viveu várias peripécias e chegou a ser suspensa, durante alguns meses, em 2011, por falta de financiamento.

Foi entretanto alvo de uma candidatura à Bolsa de Mérito da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho, que garantiu 85% da verba necessária através de fundos comunitários.

Entre arranjos exteriores e a construção propriamente dita, o ex-coliseu vai custar mais de 13,1 milhões de euros.

Agora denominado como Centro Cultural de Viana do Castelo, o edifício tem uma área de implantação de 3.792 metros quadrados com 70,1 metros de comprimento, 54,1 metros de largura e 9,12 metros de altura.

Estará preparado para acolher eventos de grande dimensão como festivais de música, concertos, cinema, congressos, exposições e feiras.

O autarca José Maria Costa garante que o equipamento vai permitir "consolidar" a marginal da cidade, com a praça da Liberdade, projetada por Fernando Távora, e a biblioteca municipal, desenhada por Siza Vieira.

Entretanto, a autarquia está à procura de "parceiros externos" para definir a programação do equipamento e "reduzir custos de produção", nomeadamente com recurso a eventos nacionais e internacionais "distribuídos em rede". Nesse sentido já foram feitos acordos com a Fundação Serralves e com a coreógrafa vianense Olga Roriz.

PYJ // JGJ

Lusa/fim