Antigos mineiros vão hoje ao Parlamento Europeu reclamar indemnizações

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Porto Canal / Agências

Redação, 19 fev (Lusa) -- Uma delegação de 25 antigos trabalhadores da Empresa Nacional de Urânio (ENU) e familiares de colegas que morreram com cancro alegadamente devido à exposição à radioatividade vai hoje ao Parlamento Europeu reclamar o pagamento de indemnizações.

O grupo saiu na segunda-feira de autocarro de Nelas, no distrito de Viseu, e hoje de manhã é recebido no Parlamento Europeu pelo grupo parlamentar do PCP, que fez o convite para esta deslocação a Bruxelas.

À tarde, é ouvido pela Comissão do Emprego e dos Assuntos Sociais, entregando-lhe toda a documentação que responsabiliza o Estado português pelas mortes dos antigos trabalhadores da ENU.

Os antigos trabalhadores da ENU - que esteve sediada na Urgeiriça, no concelho de Nelas - lutam há vários anos para que sejam pagas indemnizações aos familiares dos colegas que morreram com cancro.

O presidente da Associação de Trabalhadores das Minas de Urânio (ATMU), António Minhoto, culpa o Estado português destas mortes, uma vez a ENU era uma empresa pública.

Na sua opinião, o Estado português "é cúmplice porque até hoje não resolveu este problema (das indemnizações)", apesar dos muitos estudos existentes que comprovam a causa efeito entre a radioatividade e o cancro.

Com esta deslocação a Bruxelas, espera que venha a ser aprovada "uma resolução que obrigue o Estado português a cumprir com os direitos" que assistem aos familiares daqueles que, "com o seu esforço, exploraram urânio e enriqueceram o país".

A ENU teve a seu cargo, desde 1977, a exploração de minas de urânio em Portugal. A empresa entrou em processo de liquidação em 2001 e encerrou definitivamente no final de 2004.

AMF // SSS

Lusa/fim

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