Presidente de região timorense de Oecusse critica obras abandonadas pelo Governo central

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Porto Canal com Lusa

Díli, 20 mar (Lusa) - O presidente da Região Administrativa Especial de Oecusse-Ambeno (RAEOA), em Timor-Leste, criticou hoje três obras iniciadas há vários anos pelo Governo central que estão "abandonadas e por terminar".

Mari Alkatiri referia-se a dois projetos do Ministério do Turismo, o monumento de Lifau, que marca a chegada dos portugueses a Timor-Leste, e o passeio marítimo de Pante Macassar. O terceiro projeto, do Ministério da Administração Estatal, é o edifício do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE).

"Uma obra tão importante como o monumento de Lifau, que foi inaugurado no âmbito das celebrações dos 500 anos da chegada dos portugueses, está totalmente abandonado e por terminar", disse à Lusa.

"Foi feita uma preparação cosmética na altura das comemorações, mas agora está abandonado porque a obra não foi acabada e o que foi feito foi mal desenhado. Só na caravela e estátuas foram gastos um milhão e tal de dólares", considerou.

O presidente da RAEOA disse que tem tentado nos últimos anos que o Ministério do Turismo entregue a obra à autoridade regional para que possa ser refeita, sem que tenha havido qualquer resposta.

"Quero saber o ativo e passivo da obra", disse, explicando que o mesmo ocorre no caso do Passeio Marítimo, uma obra "mal desenhada e mal feita, que também foi abandonada".

O terceiro projeto, o edifício do STAE, começou "há vários anos" e está também abandonado. Um dos construtores responsáveis terá afirmado que a obra parou "por falta de pagamento".

A RAEOA considerou que são obras "que tiveram custos significativos para as contas públicas e que, tendo sido abandonadas, não contribuem em nada, nem para o desenvolvimento nem para a imagem da região".

Enquanto as obras não forem concluídas, disse, "estes investimentos continuarão a degradar-se, afetando negativamente o potencial económico, turístico e de bem-estar da população de Oecusse".

Alkatiri falava à Lusa no final do encontro regular de coordenação da RAEOA, durante o qual foi analisada, entre outras, a questão da certificação do novo aeroporto do enclave.

"Já fizemos a receção provisória da obra e estamos a trabalhar no sentido da sua certificação. Neste âmbito, estamos a ter uma coordenação muito boa com o Governo Central, com o apoio do Ministério dos Transportes e Telecomunicações e coordenação do primeiro-ministro", disse.

"Pretendemos que o Aeroporto Internacional Rota do Sândalo seja aberto a 20 de maio, mesmo que seja antes da certificação internacional", referiu.

Em foco estiveram também a segunda fase da estratégia de apoio ao empreendedorismo na região, a plantação de um milhão de árvores em Oecusse até 2023, com lançamento previsto no início de abril), e os novos procedimentos na área das Finanças Públicas locais.

O progresso nas diferentes obras de infraestruturas em curso, nomeadamente na rede viária, também foi analisado no encontro.

 

ASP // FST

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