Diplomacia portuguesa deve ajudar à afirmação de empresas em novos mercados - Portas
Porto Canal / Agências
O vice-primeiro-ministro defendeu hoje, em Vale de Cambra, que, neste "tempo de viragem", a diplomacia portuguesa deve ajudar à afirmação das empresas nacionais em novos mercados, para que não sejam outros países a aproveitar essa oportunidade.
"Sou altamente favorável a que a diplomacia económica possa fazer tudo o que está ao seu alcance para abrir portas às empresas nacionais em novos mercados", afirmou Paulo Portas, a propósito do contrato do novo projeto de cinco milhões de euros com o qual a empresa Vicaima pretende aumentar a sua produção de portas e alargar o seu mercado externo de 27 para 34 países.
Para o governante, o risco da inoperância é este: "Se não o fizermos nós, outros governos o farão pelas suas próprias empresas".
No mesmo contexto, Paulo Portas realçou que, no universo dos 17 mercados apontados como estratégicos para a economia portuguesa, 13 deles já estão incluídos na lista dos países que o Governo pretende contactar ao longo de 2014, em visitas políticas e missões empresariais.
"Temos que contrariar o facto de que, há muitos anos, por quebra de competitividade, Portugal tem perdido atratividade", observou o vice-primeiro-ministro.
Já no que se refere ao investimento estrangeiro em Portugal, Paulo Portas defendeu que o montante dos impostos, o peso da burocracia, o consenso nacional em torno das questões económicas e a flexibilidade legislativa laboral são critérios que determinam as escolhas dos investidores externos.
"Portugal tem tudo a ganhar se esses responsáveis decidirem investir agora", defendeu o governante.
"Este é um tempo de viragem e os sinais que vêm da economia portuguesa não permitem otimismos irresponsáveis, mas são sinais de esperança quanto a 2014 e aos anos que vêm a seguir", acrescenta.