Banco Mundial vai desembolsar 1.300 MEuro para apoio orçamental a Angola nos próximos três anos

| Economia
Porto Canal com Lusa

Luanda, 13 mar (Lusa) - O ministro das Finanças angolano anunciou hoje, em Luanda, que o Banco Mundial (BM) vai disponibilizar 1.500 milhões de dólares (1.300 milhões de euros) nos próximos três anos para apoiar o Orçamento Geral do Estado (OGE) de Angola.

Archer Mangueira, que falava aos jornalistas no final de uma audiência com o Presidente angolano, João Lourenço, em que acompanhou o vice-presidente do Banco Mundial para África, Gafez Ghanem, salientou que a instituição financeira internacional irá disponibilizar a verba em três tranches de idêntico valor já a partir deste ano.

"Há, adicionalmente, a decisão firme do apoio à tesouraria com um financiamento que já está garantido para este ano, no mesmo montante, 500 milhões de dólares, que irá até 1,5 mil milhões de dólares para os próximos três anos", disse.

Sobre o anúncio de outro financiamento do Banco Mundial, que vai disponibilizar outros 500 milhões de dólares para projetos ligados à proteção social e ao setor das águas, Archer Mangueira salientou que Angola já é membro da instituição financeira há "muitos anos" e com quem tem uma "parceria muito valiosa".

"O Banco Mundial é a instituição que mais se dedica ao setor social, mas também ao produtivo. Temos importantes projetos no setor das águas e na agricultura, no desenvolvimento local e na proteção social. Há a intenção de apoiar novos projetos na área da energia, particularmente na energia solar e também no setor dos transportes", afirmou.

O responsável do Banco Mundial para África, que iniciou hoje uma visita de trabalho de três dias a Angola, reuniu-se também de manhã com uma delegação dos Ministério das Finanças angolano, para definir os projetos a apoiar pela instituição financeira internacional.

Ghanem vai verificar a evolução da implementação da carteira de projetos financiados por esta instituição de Bretton Woods, a quem Angola pediu, em setembro de 2018, a abertura de uma representação em Luanda, não tendo havido hoje quaisquer comentários sobre a questão.

Durante a estada em Angola, Ghanem vai ter, no final da visita, nova reunião com a equipa económica liderada pelo ministro de Estado e do Desenvolvimento Económico e Social angolano, Manuel Nunes Júnior, que abordará o Programa de Estabilização Macroeconómica e a reforma económica em curso.

O responsável do Banco Mundial terá encontros separados com vários ministros ligados ao desenvolvimento do capital humano e da economia digital, bem como um almoço de trabalho com mulheres líderes dos setores públicos e da sociedade civil para abordar a temática sobre o empoderamento económico e social da mulher em Angola.

Ghanem vai ainda deslocar-se à província do Huambo, onde manterá contactos com membros do governo provincial para se inteirar dos desafios e oportunidades na província, através de reuniões com responsáveis pela execução e beneficiários de projetos financiados pelo BM em áreas como agricultura, água e desenvolvimento local.

Com dupla nacionalidade, egípcia e francesa, Ghanem é vice-presidente do Banco Mundial para a Região de África desde 01 de julho de 2018, sendo especialista em desenvolvimento há mais de três décadas, gerindo atualmente uma carteira regional ativa de mais de 600 projetos orçados em 71.000 milhões de dólares

Antes da sua nomeação como vice-presidente para a região africana, Ghanem desempenhou idênticas funções para a região do Oriente Médio e Norte de África de 2015 a 2018.

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