Trabalhadores da Côa Parque reúnem-se com secretário de Estado da Cultura

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Porto Canal / Agências

Vila Nova de Foz Côa, 17 fev (Lusa) - Uma delegação representativa dos cerca de 40 trabalhadores da Fundação Côa Parque reúne-se na sexta-feira com o secretário de Estado da Cultura para analisar o futuro da estrutura cultural, anunciou hoje à Lusa fonte sindical.

"Depois de no passado mês de janeiro ter havido um atraso no pagamento dos salários e ter sido colocado em cima da mesa um pré-aviso de greve, decidimos solicitar uma reunião com a tutela para perceber o futuro da fundação. Esta é uma situação que preocupa os funcionários", disse Luís Luís, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Centro.

A fundação é a responsável pelo Museu do Côa (MC) e pelo Parque Arqueológico de Vale do Côa (PAVC), dois equipamentos que têm à sua guarda a conservação de arte rupestre com mais de 25 mil anos.

"Para já ainda não há indicação de que possa haver atraso no pagamento dos salários, a nossa expectativa é que o pagamento seja feito no dia em que está determinado", frisou o dirigente sindical.

O sindicalista acrescentou que, em janeiro, os salários foram pagos "através de uma situação de recurso" devido à falta de liquidez da fundação, já com cerca de uma semana de atraso.

Os cerca de 40 funcionários da Fundação Côa Parque não receberam o salário correspondente ao mês de janeiro na data habitual da função pública, o que os levou a pedir esclarecimentos à tutela.

Há já "largos meses" que os salários dos trabalhadores da Fundação Côa Parque "têm sofrido atrasos no seu pagamento, como o subsídio de férias, que foi pago com uma semana de atraso", exemplificou Luís Luís.

Por seu lado, o presidente da Câmara de Vila Nova de Foz Côa, Gustavo Duarte, espera que a situação referente à atribuição de fundos à Côa Parque fique resolvida ainda este mês para "que não haja mais percalços".

"Na atribuição de fundos, cabe ao poder central a comparticipação em 95% e da parte do poder local a responsabilidade é 5% dos fundos necessários para a gestão da fundação", acrescentou o autarca.

Os trabalhadores temem que a situação ocorrida no mês de janeiro se repita aquando da data do pagamento dos salários deste mês se, até lá, a situação do pagamento dos fundos necessários à manutenção da Côa Parque não ficar resolvida.

Os trabalhares do MC e do PAVC consideram que se os salários não forem pagos atempadamente estarão perante uma situação de "suma gravidade para quem trabalha, sobretudo para quem aufere de salários baixos e para quem as contas a pagar chegam, infelizmente, à tabela".

Os membros fundadores da Côa Parque são a Direção-Geral do Património Cultural, ministérios da Economia e do Ambiente, Câmara de Vila Nova de Foz Côa e Associação de Municípios do Vale do Côa.

FYP // JAP

Lusa/fim

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