CGD decide não iniciar em 2014 o reembolso do investimento público

| Economia
Porto Canal / Agências

Lisboa, 14 fev (Lusa) - A Caixa Geral de Depósitos (CGD) revelou hoje que não tem intenção de iniciar este ano o reembolso dos 900 milhões de euros de dívida convertível em capital ('CoCo') que estão nas mãos do Estado.

"Não está no nosso plano de 'funding' [financiamento] reembolsar os 'CoCos' em 2014. Só depois", afirmou o presidente do banco público, José de Matos, no decorrer da conferência de imprensa de apresentação das contas de 2013.

Segundo o banqueiro, tal operação "não era uma boa decisão do ponto de vista de rentabilidade".

E reforçou: "Não vamos fazê-lo em 2014, seguramente".

José de Matos apontou ainda para a aproximação dos exercícios do Banco Central Europeu (BCE), que serão feitos em novembro, para justificar a opção, além de considerar que tal enfraqueceria a capacidade de financiar as famílias e as empresas portuguesas.

"Ficávamos em piores condições em termos de rácios de capital e em capacidade de apoiar o crescimento da economia", assinalou.

O grupo fechou o ano passado com o rácio 'core tier 1' de 11,5% segundo os critérios do Banco de Portugal (abaixo dos 11,6% de dezembro de 2012), e de 9,2% de acordo com as exigências mais apertadas da Autoridade Bancária Europeia (EBA, na sigla inglesa), também neste caso abaixo dos 9,4% do final do ano anterior.

A CGD recorreu em 2012 ao acionista Estado para cumprir as metas de capital exigidas pelos reguladores. Em junho, o Estado injetou 1.650 milhões de euros no banco, sendo 750 milhões de euros em ações e 900 milhões de euros através de dívida convertível em capital ('CoCo bonds').

DN/IM //CSJ

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