"Verdes" querem menos construção na orla costeira e melhor fundo salarial para pescadores

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Porto Canal / Agências

Ovar, 14 fev (lusa) - A dirigente nacional do Partido Ecologista "Os Verdes" defendeu hoje em Ovar que é necessário impedir a edificação em zonas de risco da orla costeira e corrigir os atuais moldes de atribuição do fundo salarial a pescadores artesanais.

Afirmando-se " extremamente impressionada e chocada" com o perigo que o avanço do mar representa para a população do Furadouro e para o bairro piscatório de Esmoriz, após a visita a esses locais Manuela Costa declarou: "Há um perigo eminente para estas populações e há coisas que podem fazer-se já, em paralelo aos reforço de pedra, como criar um sistema por onde as águas possam escoar quando galgam a rocha até à estrada".

A responsável do partido defende, contudo, que essas medidas "não surtirão efeito se não se cumprir uma política de ordenamento responsável" e, nesse contexto, critica, por exemplo, que "no Furadouro haja um hotel recente mesmo em frente ao mar".

"Isso significa que alguém autorizou aquela construção quando já todos sabiam que a zona é de perigo e que o mar vai continuar a avançar", nota a dirigente ecologista. "Quer dizer que estamos a pôr mais gente em risco", realça.

Manuela Costa propõe-se agora fazer chegar essas preocupações à Assembleia da República, porque "não se pode andar durante anos a fazer planos de ordenamento para depois ninguém os cumprir e se continuar a autorizar construções praticamente em cima do mar".

Outra ameaça detetada pela dirigente ecologista prende-se com a situação específica dos pescadores de Esmoriz, que praticam a arte xávega de pesca com rede de cerco e dependem também da captura com ameijoeira, que implica a instalação dessa rede manualmente, durante a baixa-mar.

"Estas pessoas estão sem pescar há uns quatro meses, por causa dos temporais, e isso ameaça a sobrevivência de famílias inteiras", explica Manuela Costa. "A ministra do Mar fez a promessa de diminuir as burocracias de acesso ao fundo salarial, mas dizem os pescadores que só podem aceder a esses apoio os pescadores que trabalham em sítios onde há postos de vendagem e em Esmoriz não há nenhum", continua.

A responsável de "Os Verdes" considera que "o fundo salarial tem que ter em conta a realidade própria destes pescadores, que é mais débil" e envolve rendimentos mais baixos, que se tornam "ainda menores quando há temporais assim prolongados, que os impedem de trabalhar".

AYC // MSP

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