Hugo Santos: "Sonho ajudar o FC Porto a ser o melhor do mundo"

Hugo Santos: "Sonho ajudar o FC Porto a ser o melhor do mundo"
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Porto Canal com fcporto.pt

Ainda com tenra idade, Hugo Santos já vibrava com as vitórias da equipa de hóquei em patins do FC Porto ao lado do avô, portista ferrenho, que mostrou ao neto o que viria a ser o futuro dele. O amor pelo clube surgiu na bancada, mas seria na pista que o iria demonstrar. Talvez seja por isso que o regresso ao FC Porto seja tão especial. De stick na mão e com a camisola azul e branca vestida, Hugo Santos foi apresentado como um dos reforços da equipa liderada por Guillem Cabestany para a presente temporada. Um “sonho concretizado” para o atleta, que é visto por muitos como uma das maiores promessas a nível mundial.

Curiosamente, foi no futebol e na baliza onde deu os primeiros passos no mundo do desporto. A paixão pelo hóquei, no entanto, não demorou muito a manifestar-se. “Começou graças aos meus pais, eles eram jogadores. Aliás, o meu pai até chegou a ser treinador da minha mãe”, começou por dizer o hoquista, que atribui muito do sucesso pessoal ao pai. “Ele está sempre atrás de mim. Sempre que faço alguma coisa, olho para ele para tentar perceber se fiz bem ou mal. É como se fosse o meu pêndulo”.

Hugo Santos chegou mesmo a passar pelas camadas jovens do FC Porto, na época 2011/12. “Foi uma temporada em que disputámos o título regional e chegámos ao terceiro lugar do nacional. Com o Jorge Ferreira a treinador, só não chegámos mais longe porque nos faltou a estrelinha da sorte”, lembrou.

Esteve apenas uma época nos Dragões antes de ir para Valongo, numa altura em que o clube tinha sido campeão nacional de seniores, e ajudou a equipa de iniciados a conquistar o campeonato, num plantel em que “quatro jogadores foram à seleção”. Seguiu-se a Sanjoanense, equipa que, ainda nos tempos de criança, o ajudou a dar os primeiros passos no hóquei. “Foi naquele pavilhão que aprendi a patinar. Lembro-me de estar de mão dada com o treinador João Oliveira, que por acaso é sogro do Gonçalo Alves. Lembro-me que caí muitas vezes”, admitiu, no meio de alguns risos. Voltar ao emblema de São João da Madeira devolveu-lhe a “felicidade de jogar”, depois de ter enfrentado alguns problemas na escola.

Os títulos chegaram na seleção

O sucesso nos clubes acabou por se transferir para a seleção, com Hugo Santos a distinguir-se como um dos jogadores mais jovens do plantel e a conquistar o Campeonato da Europa de Sub-17. “Tinha apenas 15 anos. Foi a primeira vez que fui a uma competição pela seleção nacional. Lembro-me de que estava nervoso para disputar o primeiro jogo”. O empate frente a Espanha bastou para serem campeões, algo que o levou a sentir uma “felicidade inimaginável”. Em menos de dois anos, voltaria a vencer um troféu pela seleção das quinas, agora o Campeonato do Mundo de Sub-20: “É sempre bom ganhar, mas conquistar títulos com a camisola de Portugal é ainda mais especial. Na seleção jogámos sempre contra os melhores dos melhores”.

Hóquei de clubes e de seleções, duas maneiras de se avaliar o trabalho de um jogador. Para o hoquista, vencer por um clube é o prémio da “dedicação e trabalho demonstrado ao longo da época”, em que a prestação é avaliada pela “consistência que se demonstra ao longo da temporada”. Na seleção, “todos os jogos são decisivos” e o mínimo erro pode “influenciar o sucesso” na competição.

Após uma breve passagem pelo Benfica, Hugo Santos regressou, no início desta temporada, ao FC Porto e, com apenas 18 anos, cumpre um dos maiores sonhos: “Poder representar o plantel principal do FC Porto é um sonho que tinha desde pequenino. A primeira vez que pisei este rinque foi um sentimento de felicidade extrema. Vou dar tudo por esta camisola”.

A chegada ao Dragão Caixa permitiu conhecer e trabalhar com alguns dos seus ídolos. “São pessoas que percebem bem mais de hóquei do que eu, talvez do que eu alguma vez irei perceber”, admitiu, já preparado para vai evoluir com “os melhores jogadores do mundo”.

Um hat-trick e muita ambição

Hugo Santos já leva alguns golos marcados nas mais de duas dezenas de jogos que disputou esta temporada, tendo já alcançado um hat-trick diante do HC Braga, para o campeonato. Um bom registo, admitiu, mas reconhecendo sempre que “os feitos coletivos são mais importantes”.

Bem encaminhados nas competições internas e europeias, os Dragões vão contar com a ajuda do jogador para conquistar troféus: “Cada hoquista desta equipa trabalha para ganhar o campeonato e a taça. Mas a Liga dos Campeões é um prémio que cada jogador procura. Ainda por cima é o Barcelona que está sempre nas finais, que tem dominado”. Os catalães são, para o jogador, o adversário a bater, para que a equipa portista seja considerada “a melhor equipa do mundo”, o patamar em que “o FC Porto merece estar”.

Em termos pessoais, Hugo Santos foi direto e concreto a identificar o que quer para a sua carreira: “O objetivo é ser o melhor do mundo. Quero acabar a minha carreira no FC Porto e fazer uma carreira longa vestido de azul e branco. Sonho poder ajudar o FC Porto a ser campeão do mundo, a vencer a Liga Europeia, a ser considerado a melhor equipa do mundo”.

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