Residentes em Portugal suportam subida de 1,7% dos hóspedes em 2018

| Economia
Porto Canal com Lusa

Redação, 14 fev (Lusa) -- Os hóspedes na hotelaria em Portugal aumentaram 1,7% em 2018 face a 2017, para 21 milhões, enquanto as dormidas se mantiveram nos 57,6 milhões e os proveitos atingiram 3.602 milhões de euros, divulgou hoje o INE.

Segundo os dados da "Atividade Turística" do Instituto Nacional de Estatística (INE), a evolução dos hóspedes no ano passado foi impulsionada pelos residentes em Portugal, que aumentaram 3,9%, enquanto os hóspedes residentes no estrangeiro se ficaram por uma subida de 0,4%.

Nas dormidas, as relativas aos residentes em Portugal progrediram 5,0% e as dos residentes no estrangeiro recuaram 2,0%.

O ano terminou com um recuo de 1,7% na estada média (+1,1% para os residentes no país e -2,4% para os estrangeiros), para 2,74 noites, tendo a taxa líquida de ocupação-cama diminuído 1,0 ponto percentual, para 51,2%.

Quanto aos proveitos totais, aumentaram 6,0%, para 3.602,4 milhões de euros, enquanto os proveitos de aposento subiram 6,5%, para 2.654,1 milhões de euros, e o RevPAR (rendimento médio por quarto disponível) progrediu 4,5%, para 52,2 euros.

Considerando apenas o mês de dezembro de 2018, os estabelecimentos hoteleiros e similares registaram 1,2 milhões de hóspedes e 2,8 milhões de dormidas, o que corresponde a variações de 3,3% e de 2,5% (6,5% e 4,7% em novembro, respetivamente), nas comparações homólogas.

De acordo com o INE, as dormidas de residentes desaceleraram para um crescimento de 0,5% (11,3% em novembro) e as dormidas dos não residentes aumentaram 3,6% (2,3% em novembro).

Em dezembro, os proveitos totais cresceram 7,3% (6,3% em novembro) e atingiram os 171,0 milhões de euros, enquanto os proveitos de aposento cresceram 5,9% (6,3% em novembro), correspondendo a 114,6 milhões de euros.

A estada média (2,30 noites) reduziu-se 0,8% (- 1,5% nos residentes e -0,9% nos não residentes) e a taxa líquida de ocupação-cama (32,1%) recuou 0,5 pontos percentuais em dezembro (+0,4 pontos percentuais no mês anterior).

"Tendo em consideração os resultados na hotelaria ao longo dos sucessivos trimestres de 2018, cronologicamente, as dormidas totais verificaram evoluções de +7,3%, -3,2%, -1,7% e +1,9%, sob particular influência dos não residentes, que, pela mesma ordem, apresentaram variações de +6,0%, -4,3%, -4,6% e 0,0%", refere o INE.

Segundo o instituto, "considerando a evolução das dormidas na hotelaria nos últimos anos, constata-se que entre 2008 e 2018 as dormidas de residentes cresceram 28,2% e as de não residentes aumentaram 56,1%", pelo que "a representatividade dos não residentes nas dormidas totais progrediu de 66,8% em 2008 para 71,0% em 2018".

Em dezembro, os 15 principais mercados emissores representaram 83,0% das dormidas de não residentes, com o mercado britânico (16,3% do total de dormidas de não residentes) a crescer 8,5% e a terminar o ano com uma quota de 21,0% (-1,3 pontos percentuais) e uma quebra acumulada de 7,5% (+1,2% em 2017).

As dormidas de hóspedes alemães (12,9% do total), por sua vez, cresceram 5,8% em dezembro e diminuíram 4,3% no conjunto do ano (+7,8% em 2017), tendo representado 13,2% das dormidas de não residentes em 2018 (-0,3 pontos percentuais).

Já no mercado espanhol (14,4% do total) houve uma redução de 7,0% em dezembro, mas um crescimento acumulado de 1,9% em 2018 (3,1% em 2017), tendo-se a respetiva quota situado em 10,1% (+0,1 pontos percentuais).

No mercado francês (7,3% do total) registaram-se decréscimos de 3,2% em dezembro e de 2,7% em 2018 (+0,7% em 2017), sendo que em 2018 este mercado apresentou uma quota de 9,4% (-0,1 pontos percentuais).

O mercado brasileiro (8,0% do total) cresceu 9,9% em dezembro e 9,4% em 2018 (+35,8% em 2017) e representou no ano 5,4% (+0,6 pontos percentuais) das dormidas anuais de não residentes.

Em dezembro, o INE destaca ainda os crescimentos registados pelos mercados canadiano (+29,4%), irlandês (+28,8%) e norte-americano (+17,9%), enquanto no total do ano de 2018 salienta as evoluções dos mercados norte-americano (+19,9%) e canadiano (+16,7%), para além do brasileiro.

Por regiões, em dezembro registaram-se resultados "maioritariamente positivos" na evolução das dormidas, com destaque para o Algarve (+9,2%). Em sentido contrário, assinala-se o decréscimo de 11,2% nos Açores.

De janeiro a dezembro de 2018, o realce vai para os crescimentos das dormidas em 5,2% no Norte (região com um peso de 13,7% nas dormidas anuais) e de 3,6% no Alentejo (quota de 3,2% em 2018).

O Algarve concentrou 32,7% das dormidas totais na hotelaria em 2018, seguindo-se a Área Metropolitana de Lisboa (25,2%), com os maiores crescimentos de dormidas de residentes a registarem-se no Algarve (+9,9%) e no Centro (+5,1%), enquanto as de não residentes apenas subiram no Alentejo (+7,7%), Norte (+6,0%) e Área Metropolitana de Lisboa (+0,6%).

PD // EA

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