Lisboa, 13 fev (Lusa) - O ministro da Presidência afirmou hoje que o PS é que está em pré-campanha, e não o Governo, reagindo à acusação de que o executivo pôs em marcha "a maior ofensiva de propaganda" da democracia.

Na quarta-feira, num plenário com militantes em Vila Nova de Gaia, o secretário-geral do PS, António José Seguro, acusou o Governo PSD/CDS-PP de ter posto em marcha "a maior ofensiva de propaganda que já existiu na história da democracia para criar a ilusão de que os problemas desapareceram", com o objetivo de se manter no poder.

No final do Conselho de Ministros, em resposta à comunicação social, o ministro da Presidência e dos Assuntos Parlamentares, Luís Marques Guedes, considerou que essa acusação "só se pode justificar, obviamente, porque o PS e o seu secretário-geral já estão, eles sim, em pré-campanha eleitoral".

Ressalvando que não conhecia as declarações de António José Seguro "na sua totalidade", o ministro da Presidência considerou ainda que as suas palavras "se inscrevem, obviamente, no estado de negação em que o PS tem estado relativamente aos progressos reais que o país tem vindo a fazer, contrariando aquilo que era o discurso oficial do PS até há pouco tempo".

No discurso que fez em Gaia na quinta-feira, o secretário-geral do PSD sustentou que Portugal está hoje pior do que quando o Governo PSD/CDS-PP tomou posse e que, em ano de eleições europeias, o executivo pretende "vender novas ilusões".

Como exemplo, apontou as referências de Paulo Portas à possibilidade de uma "moderação do IRS" a partir de 2015: "Viram o vice-primeiro-ministro dizer que em 2015 talvez pense baixar o IRS. Que lata ! Então quem é que aumentou, quem é que promoveu o maior aumento de IRS da nossa história e da nossa democracia?".

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